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Governo argentino diz não ter informação sobre refúgio de brasileiros envolvidos nos atos de 8 de janeiro


Ministra de Segurança, Patrícia Bullrich, disse também não ter recebido pedido de extradição. Investigações da PF mostraram que condenados pelos atos antidemocráticos fugiram para a Argentina. A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse não ter informações sobre foragidos brasileiros
Jose Luis Magana/AP
O governo argentino afirmou neste sábado (8) não ter informações sobre brasileiros envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro que, segundo investigações da Polícia Federal, pediram refúgio na Argentina.
Na sexta-feira (7), a PF disse que enviará ao país vizinho um pedido de extradição de brasileiros condenados. A polícia tem informações de que pelo menos 65 investigados cruzaram a fronteira, alguns em porta-malas de carros para não passar pela imigração.
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A ministra de Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, disse ainda não ter recebido o pedido e afirmou que o governo não sabe da entrada de brasileiros foragidos.
“Até agora, não temos nenhuma informação desse tipo. Não temos alerta vermelho sobre essas pessoas”, afirmou Bullrich em uma entrevista para a Rádio Mitre, da Argentina.
Na entrevista, a ministra disse que o pedido de extradição, “por enquanto, é uma propaganda” do governo brasileiro.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse ao blog do Valdo Cruz que o pedido deve ser encaminhado na semana que vem.
“Uma coisa é que o Brasil peça [a extradição], outra é que haja já um processo, uma condenação. É difícil pedir extradição se não há uma causa judicial, ou alerta de algum tipo. Também não temos nenhuma lista [de brasileiros]. Por enquanto, isso se mantém como uma propaganda, mas não em um fato jurídico”, disse Bullrich.
Esta foi a primeira manifestação do governo argentino após a PF dizer que iria enviar o pedido de extradição.
Segundo o blog do Valdo Cruz, nos bastidores do governo Lula há dúvidas sobre a disposição da Argentina para colaborar, já que o presidente Javier Milei é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um assessor direto de Lula considera que o caso será um teste para a relação entre os dois países.
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Investigações da operação Lesa Pátria apontam que foragidos dos ataques contra a democracia entraram na Argentina e pediram refúgio naquele país.
Alguns desses foragidos, cerca de 65, foram mapeados pelas autoridades argentinas.
Apurações dão conta de que eles podem ter entrado no país vizinho até mesmo em porta-malas de veículos. Outros entraram caminhando pela ponte na fronteira, ou atravessando o rio Paraná. Todas as fugas ocorreram em 2024.
As investigações vieram à tona após a Polícia Federal fazer uma megaoperação, na semana passada, para prender envolvidos, alguns foragidos, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Fonte da Máteria: g1.globo.com