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Dólar volta a subir e fecha em R$ 5,35, com expectativa por inflação e juros nos EUA; Ibovespa cai


A moeda norte-americana fechou em alta de 0,61%, cotada a R$ 5,3567. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em leve queda de 0,1%, aos 120.760 pontos. Mulher segura notas de dólar, dinheiro
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (10), tendo arrefecido parte do avanço visto pela manhã, quando chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,38.
Investidores continuaram a monitorar eventuais sinais sobre o cenário fiscal do Brasil e seguiram de olho em uma série de indicadores importantes que devem ser divulgados ao longo desta semana.
Por aqui, as atenções seguem com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ser divulgado na terça-feira. As projeções de mercado esperam uma nova alta do indicador, segundo a agência de notícias Reuters.
Já no exterior, a expectativa sobre a inflação dos Estados Unidos e seus reflexos nas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continua fazendo preço nos negócios. Tanto o índice de preços como a nova decisão de política monetária devem ser conhecidos nos próximos dias.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), encerrou praticamente estável.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,61%, cotado a R$ 5,3567, renovando o maior patamar desde janeiro de 2023. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,3886. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou altas de:
0,61% na semana;
2,05% no mês;
10,39% no ano.
Na quinta-feira (6), a moeda norte-americana subiu 1,42%, cotada a R$ 5,3242.

Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou com leve queda de 0,1%, aos 120.760 pontos.
Com o resultado, acumulou quedas de:
0,01% na semana;
1,10% no mês;
10,01% no ano.
Na sexta-feira, o índice encerrou em baixa de 1,73%, aos 120.767 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
A semana começa, mais uma vez, com juros e inflação no foco. Por aqui, a principal expectativa é pelo IPCA de maio, que deve ser divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo analistas consultados pela Reuters, a estimativa é que o indicador apresente uma alta de 0,42% no mês, ante o avanço de 0,38% visto em abril.
Nesse cenário, o mercado também repercute falas recentes do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em evento na manhã desta segunda-feira (10), o banqueiro central afirmou que a possibilidade de o mercado de trabalho ainda apertado no país afetar a inflação de serviços continua como uma preocupação da instituição.
No relatório Focus, divulgado hoje, os agentes do mercado financeiro voltaram a elevar as estimativas de inflação para este ano, de 3,88% para 3,90%. Para 2025, a previsão foi de 3,77% para 3,78%.
“Ainda há essa ideia, embora isso não esteja acontecendo mecanicamente agora, de que em algum momento o mercado de trabalho muito apertado pode afetar a inflação de serviços de uma forma que seria uma ameaça para convergência de inflação no médio prazo”, afirmou Campos Neto, em evento virtual promovido pela gestora Constellation.
O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,5% nos três meses encerrados em abril, marcando o nível mais baixo de desocupação para o período em 10 anos.
O Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, deve decidir sobre a taxa básica de juros do país na próxima semana.
Já no exterior, o foco voltou mais uma vez para o noticiário norte-americano, com grande expectativa pelos novos dados de inflação e pela decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Os dados de preços ao consumidor, previstos para quarta-feira (12), devem mostrar uma desaceleração. Segundo estimativas de analistas consultados pela Reuters, a previsão é que o índice aumente 0,1% em maio, ante o ganho de 0,3% em abril.
Ainda no mesmo dia, o banco central norte-americano deve manter inalterada sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, uma vez que as autoridades permanecem cautelosas com a trajetória da inflação de volta à sua meta de 2%, após números mostrarem na semana passada que o mercado de trabalho no país permanece aquecido.
“Ruídos temporários foram responsáveis pela maior parte da performance negativa do real na semana passada. Embora acreditemos que haverá um alívio no curto prazo, o real pode continuar abaixo de seus pares depois da reunião do Fed”, avaliou Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.
Ainda no noticiário internacional, a decisão de política monetária do banco central do Japão também fica no radar, bem como as eleições para o Parlamento Europeu, que mostraram, no último final de semana, um forte avanço da extrema-direita em vários dos principais países da União Europeia, como França, Alemanha e Itália.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte da Máteria: g1.globo.com