Cerca de mil pessoas se reuniram, nesta terça-feira (18/6), no Encontro de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) de Curitiba, momento em que foram entregues aos profissionais os novos tablets para o trabalho de campo em toda a cidade. Foram adquiridos 700 equipamentos, que serão usados a partir das próximas semanas, assim que os profissionais forem capacitados para a utilização da nova ferramenta.
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Curitiba conta com 662 agentes de saúde, em atuação junto às Unidades de Atenção Primária, nos dez Distritos Sanitários. São 554 agentes comunitários e 108 agendes de endemias, que passam a contar com a tecnologia para o registro das atividades cotidianas, facilitando a rotina de trabalho, potencialmente ampliada com o aumento de casos de dengue em Curitiba.
“A partir de agora deixamos de fazer o registro manual no trabalho de campo, informatizando mais um processo da saúde para facilitar a vida dos nossos profissionais e gerar resultados mais ágeis para todo o sistema”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
“A partir de agora deixamos de fazer o registro manual no trabalho de campo, informatizando mais um processo da saúde para facilitar a vida dos nossos profissionais e gerar resultados mais ágeis para todo o sistema”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
A secretária agradeceu o trabalho realizado em Curitiba no combate à dengue e em todas as visitas domiciliares, responsabilidade dos ACS e ACE. Curitiba vinha mantendo baixa taxa de infestação do Aedes aegypti, e a maior parte dos casos de dengue eram importados – ou seja, a contaminação aconteceu fora da cidade. No entanto, em 2024, com o aumento significativo de casos em todo país e com cidades do Paraná em epidemia, os casos autóctones foram sendo ampliados.
“Pela primeira vez registramos mais casos autóctones do que os importados, e isso aconteceu apesar dos esforços de nossa equipe com ações de bloqueio e mutirões de limpeza. Um trabalho robusto, que não pode parar”, disse Beatriz.
Com os tablets, os dados colhidos em campo passarão a ser inseridos imediatamente no e-saúde, deixando de lado os antigos boletins de campo, que precisavam ser digitados depois do dia de serviço externo. Muitas vezes, foram necessários mutirões de digitação para evitar o acúmulo de fichas aguardando a digitação.
Simbolicamente, foram entregues no evento um tablet para cada dupla de ACS e ACE dos Distritos Sanitários e do nível central da SMS. A inovação faz parte da Saúde 4.1, modelo que usa recursos tecnológicos para o atendimento humanizado e um dos motivos que faz de Curitiba ser considerada a cidade mais inteligente do mundo.
Dados
Além da entrega dos equipamentos, o encontro foi uma oportunidade para que todos os profissionais acompanhassem as ações desenvolvidas na cidade.
A coordenadora do programa municipal de Controle do Aedes, Tatiana Faraco, detalhou o trabalho desenvolvido e agradeceu a parceria com as administrações regionais, Exército, Fundação de Ação Social (FAS), demais secretarias municipais e o apoio da Guarda Municipal e Polícia Militar do Paraná.
Segundo ela, foram muitas capacitações das equipes, quase 200 mil visitas domiciliares de bloqueio de transmissão de casos e delimitação de focos do mosquito, 54 mutirões de limpeza com recolhimento de 843 toneladas de resíduos coletados, mais de 5 mil respostas a ouvidorias pelo 156, entre muitas outras ações.
Coube ao diretor do Centro de Epidemiologia, Alcides de Oliveira, a apresentação do cenário epidemiológico local, estadual e nacional. Curitiba já contabiliza 12.656 casos de dengue em 2024 até o momento, além do registro de quatro óbitos em decorrência da doença, de acordo com o boletim divulgado em 12 de junho.
No Brasil, já são 5,6 milhões de casos prováveis de dengue em 2024 e 3.417 mortes, segundo boletim divulgado no dia 4 de junho. No Paraná, segundo o Informe Semanal da Dengue do Paraná, divulgado em 11 de junho, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já são 480.865 casos confirmados e 414 óbitos no período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado.
Atenção Primária
O diretor de Atenção Primária em Saúde, Cleverson Fragoso, mostrou as atividades realizadas nas 109 Unidades de Saúde da capital paranaense e o trabalho da equipe multidisciplinar, onde estão inseridos os agentes comunitários e de endemias.
Presenças
Também participaram do encontro a deputada estadual Márcia Huçulak; o superintendente executivo da SMS, Juliano Gevaerd; a diretora do Centro de Saúde Ambiental, Rosana Zapp; supervisores dos Distritos Sanitários; agentes da Vigilância ambiental e de controle de zoonoses; servidores municipais da Saúde.
Fonte da Máteria: www.curitiba.pr.gov.br
