Ministro das Relações Exteriores israelense Israel Katz disse também que ‘um regime que ameaça destruição merece ser destruído’. Fala do político foi uma resposta ao Irã, que disse na sexta (28) considerar ‘todas as opções, incluindo total participação’ em caso de guerra entre Israel e Hezbollah. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou um gabinete de guerra para discutir o ataque do Irã
Reuters
O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse neste sábado (29) que o Irã “ameaçou destruir” Israel e retrucou na mesma moeda: “um regime que ameaça destruição merece ser destruído”.
Katz afirmou também que Israel vai “agir com toda a força” contra o Hezbollah caso o grupo terrorista não pare com os bombardeios feitos em direção ao território israelense e se retirem do sul do Líbano.
A declaração de Katz é uma resposta aos iranianos, que disseram na sexta (28) considerar “todas as opções, incluindo total participação” em caso de guerra entre Israel e Hezbollah, e representa uma escalada de tensões entre os dois países do Oriente Médio. O Irã disse também que, caso o conflito ecloda, “uma guerra devastadora ocorrerá”.
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“O Irã ameaçou hoje destruir Israel se respondermos plenamente aos ataques do Hezbollah a partir do Líbano. Minha resposta ao Irã é clara: se o Hezbollah não cessar seu fogo e se retirar do sul do Líbano, agiremos contra ele com toda a força até que a segurança seja restabelecida e os residentes possam retornar às suas casas. “, disse Israel Katz em publicação no X (antigo Twitter).
Ao final do comunicado, uma mensagem ao Irã: “um regime que ameaça destruição merece ser destruído”, afirmou Katz.
Hezbollah e Israel trocam agressões quase diárias desde o início da guerra entre israelenses e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. Em solidariedade com os terroristas do Hamas, o grupo ataca quase diariamente alvos no norte de Israel a partir do sul do Líbano. Em contrapartida, Israel realiza ataques em território libanês e já eliminou alguns comandantes do Hezbollah.
O Irã é aliado do grupo terrorista Hezbollah, que fica no Líbano, e também é inimigo de Israel. Em abril, os iranianos lançaram mais de 300 mísseis e drones em território israelense em retaliação ao bombardeio na embaixada da Síria que matou um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.
Nas últimas semanas, os bombardeios entre as partes começaram a vir acompanhados de ameaças de guerra total, o que preocupa autoridades de todo o mundo. As tensões no Oriente Médio estão aumentando ainda mais desde que Israel decidiu invadir Rafah, no sul de Gaza, em maio, para eliminar o Hamas.
Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, tentam colocar panos quentes na situação e incentivar a via diplomática para resolver a desavença. Hezbollah diz que o grupo pararia de bombardear Israel caso a guerra na Faixa de Gaza terminasse.
No último dia 19, o chefe do Hezbollah disse que “nenhum lugar” de Israel estaria a salvo em caso de guerra e ameaçou o Chipre por permitir que Israel use aeroportos e bases no país como apoio para ataques ao grupo no Líbano. Israel respondeu dizendo que o Hezbollah subestima da capacidade militar israelense.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta quarta-feira (26) que não quer uma guerra no Líbano, mas, caso aconteça, o país “tem a capacidade de levar o Líbano de volta à Idade da Pedra”.
Diante da iminência do conflito, os Estados Unidos começaram nesta semana a se preparar para evacuar americanos que estão no Líbano, segundo a mídia americana.
Mísseis lançados do Líbano em direção a Israel são interceptados por defesa aérea israelense em 27 de junho de 2024.
REUTERS/Ayal Margolin
Fonte da Máteria: g1.globo.com