A moeda norte-americana teve ganho de 0,25%, cotada em R$ 5,4755. Já o principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,22%, aos 126.548 pontos. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (8), à medida que investidores se preparam para uma semana recheada de indicadores.
Por aqui, a expectativa fica com os novos dados de inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que devem ser divulgados na quarta-feira (10). Já no exterior, o mercado aguarda novos indicadores de preços nos Estados Unidos, na China, no México e na Colômbia.
Além disso, eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e novos desdobramentos do quadro fiscal brasileiro também ficam no radar. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25 bilhões em despesas e disse que Lula determinou que seja cumprido o arcabouço fiscal.
O mercado ainda repercute o anúncio de um novo aumento de preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras feito pela Petrobras.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também subiu.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar fechou em alta de 0,25%, cotado em R$ 5,4755. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,25% na semana;
recuo de 2,02% no mês;
alta de 12,84% no ano.
Na última sexta-feira, a moeda encerrou com uma queda de 0,46%, cotada a R$ 5,4618.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,22%, aos 126.548 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,22% na semana;
ganhos de 2,13% no mês;
perdas de 5,69% no ano.
Na última sexta-feira, o índice teve alta de 0,08%, aos 126.267 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
Investidores iniciam os negócios desta segunda-feira (8) à espera de novos dados de inflação, em uma semana recheada de indicadores econômicos no Brasil e no mundo.
Por aqui, as atenções ficam com o IPCA (inflação oficial do país), que deve ser divulgado na próxima quarta-feira.
Segundo analistas da XP Investimentos, a expectativa é que o grupo Alimentação e bebidas continue variando fortemente, ainda em reflexo da tragédia vista no Rio Grande do Sul. Já o grupo de serviços e monitorados devem recuar na margem — o primeiro por conta da deflação das passagens aéreas e o segundo pela desaceleração da energia elétrica.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda deve divulgar indicadores dos setores de comércio e serviços entre quinta e sexta-feira.
Além disso, novos desdobramentos do quadro fiscal brasileiro também devem ficar na mira dos investidores. Na semana passada, o anúncio de corte de R$ 25 bilhões no Orçamento trouxe alívio aos mercados, após um período turbulento em meio aos temores de que o governo não estaria comprometido com a responsabilidade fiscal.
“Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo”, falou Haddad na última quarta-feira.
Eventuais novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à alta do dólar ou à atuação do Banco Central do Brasil (BC) também são monitoradas.
Já no exterior, o foco fica com os indicadores de preços dos Estados Unidos, em meio às expectativas dos investidores por novas sinalizações sobre os próximos passos do Fed na condução de política monetária.
Na sexta-feira, dados de empregos norte-americanos mostraram um mercado de trabalho que começa a se equilibrar, o que pode abrir espaço para que a instituição comece a cortar os juros na maior economia do mundo em breve.
Enquanto o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) deve ser divulgado na quinta-feira, a inflação ao produtor dos EUA deve sair na sexta-feira. Eventuais falas de dirigentes do Fed também ficam no radar.
Fonte da Máteria: g1.globo.com