Pesquisar
Close this search box.
Notícias

Biliu de Campina, artista morto aos 75 anos, foi advogado do forró tradicional


♪ OBITUÁRIO – Severino Xavier de Souza (1º de março de 1949 – 8 de julho de 2024) se formou em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Contudo, por conta da vocação da música ter se imposto, Severino pouco atuou nos tribunais da Justiça do Brasil. Se ele advogou, foi em favor das tradições do forró.
Cantor e compositor imortalizado com o nome artístico de Biliu de Campina, em alusão ao fato de ter nascido em Campina Grande (PB), o artista paraibano foi advogado do forró que caracterizava como “tradicional”, se pondo contra as mutações do gênero a partir dos anos 1990, década do surgimento do forró eletrônico de bandas formadas em escala industrial por empresários.
A morte de Biliu de Campina – ocorrida na tarde desta segunda-feira, em hospital de Campina Grande (PB), onde o artista estava internado em decorrência de queda sofrida em 24 de junho – entristece os defensores das raízes da música nordestina.
Adepto das letras maliciosas de duplo sentido, Biliu tinha 75 anos e se autointitulava “o maior carrego de Campina Grande”.
Em cena desde 1978, ano em que trocou a advocacia pela carreira musical, o artista era discípulo de Jackson do Pandeiro (1919 – 1982), tendo cultuado o antecessor conterrâneo ao longo dos 46 anos de carreira.
Embora fosse pouco conhecido em escala nacional, Biliu de Campina era lenda viva na Paraíba, estado onde a morte do artista está sendo lamentada publicamente por autoridades e personalidades locais.
Construída de forma independente, a discografia de Biliu de Campina inclui álbuns como Tributo a Jackson e Rosil (1989), Forró mesmo! (1993), Do jeito que o diabo quer (1999) e Antes que o mundo se acabe! – Ao vivo (2011).

Fonte da Máteria: g1.globo.com