Ocupação celebra em São Paulo os 80 anos do artista pernambucano, morto em 2016 após ter inovado ao inserir o berimbau no universo do jazz. ♪ Um dos maiores e mais inventivos percussionistas do mundo, o pernambucano Juvenal de Holanda Vasconcelos (2 de agosto de 1944 – 9 de março de 2016) reverberava a música do mundo no toque do berimbau, instrumento que inseriu no universo do jazz de forma pioneira.
É por isso que o berimbau original de Naná Vasconcelos – como era conhecido o artista nascido há 80 anos no Recife (PE), cidade onde o músico saiu de cena há oito anos – está fincado como o elemento central da exposição que abre hoje, 17 de julho, na cidade de São Paulo (SP).
Construído em 1967, com uma corda de piano afinada na nota fá em vez da nota tradicional, o primeiro e único berimbau de Naná Vasconcelos ficou com o percussionista até a morte do artista. Desde então confinado no acervo da família do percussionista, o instrumento está sendo exibido pela primeira vez na mostra.
Atração do Itaú Cultural, onde fica em cartaz até 27 de outubro no térreo da instituição, a Ocupação Naná Vasconcelos está estruturada em seis eixos que exibem fotos, vídeos, figurinos, instrumentos e objetos do artista.
A exposição gera publicação impressa na forma de quadrinhos. Trata-se da HQ intitulada Quase dois irmãos e criada exclusivamente para a mostra por Mateus Araújo e Diox para contar a história de Naná e do melhor amigo do percussionista, o berimbau. A HQ será distribuída gratuitamente aos visitantes da exposição.
Na mostra, os álbuns Africadeus (1972), Codona (1979), Contando estórias (1994), Isso vai dar repercussão (2004) e Sinfonias e batuques (2011) são motes para que o público desvende a trajetória seguida pelo músico ao redor do Brasil e do mundo, sempre na companhia do fiel amigo berimbau.
Reprodução de página da HQ ‘Quase dois irmãos’, de Mateus Araújo e Diox
Divulgação Itaú Cultural
Fonte da Máteria: g1.globo.com