Autoridades disseram ao jornal americano “The Wall Street Journal” que Thomas Matthew Crooks visitou o local do comício, na Pensilvânia, antes de tentar assassinar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump em 13 de julho. Imagem aérea mostra palco de comício de Trump, com prédio onde atirador subiu ao fundo
REUTERS/Brendan McDermid
O atirador que tentou matar o ex-presidente Donald Trump no último sábado (13) utilizou um drone para sobrevoar o local do comício na Pensilvânia horas antes do atentado, revelou o jornal americano “The Wall Street Journal” nesta sexta (19).
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Segundo o jornal, que tem como base autoridades policiais informadas sobre o caso, Thomas Matthew Crooks pilotou um drone para obter imagens aéreas da Butler Farm Show e examinar o local no início do dia 13, horas antes do comício.
As autoridades disseram ainda ao “The Wall Street Journal” que a rota de voo do drone era programada e pré-determinada, o que sugere que Crooks teria voado o drone no local mais de uma vez.
O achado compõe os esforços investigativos do atentado e expõe as falhas de segurança do evento. Diversas autoridades dos EUA lançaram investigações nesta semana para apurar detalhes do caso. O Serviço Secreto americano está sob pressão
Enquanto Trump discursava no comício, Crooks atirou contra o ex-presidente com um fuzil AR-15 e o acertou na orelha. O republicano foi imediatamente cercado por agentes do Serviço Secreto dos EUA e retirado do local. Trump escapou da morte porque mexeu sua cabeça pouco antes do início dos tiros. (Leia mais abaixo)
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Trump relembra atentado durante convenção republicana
O ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano às eleições americanas de 5 de novembro, disse que não estaria vivo se não tivesse “mexido a cabeça no último instante”.
“Se eu não tivesse virado a cabeça naquele momento, aquele assassino teria atingido o seu alvo. E nós não estaríamos juntos aqui hoje. […] Tive Deus do meu lado”, disse Trump.
Foi a primeira vez que ele falou em público sobre o atentado a bala sofrido no último sábado (13), durante um comício no estado da Pensilvânia. Trump levou um tiro de raspão na orelha. O atirador foi morto por um sniper do serviço secreto.
Ainda com um curativo na orelha, o republicano falou no encerramento da convenção nacional do partido, na noite desta quinta, em Wisconsin.
“Vocês vão ouvir de mim a última vez porque foi muito doloroso”, disse ele, atingido de raspão na orelha. Ele disse ter se salvado porque tinha Deus ao seu lado.
Trump contou que ouviu as balas “voando” e elogiou os agentes do Serviço Secreto que o cercaram depois do tiro.
“Eu disse pra mim mesmo: uau, o que foi aquilo, só pode ser uma bala, e coloquei minha mão direita no meu ouvido e a abaixei. Minha mão estava coberta de sangue”, afirmou.
Donald Trump em convenção do partido republicano em 18 de julho de 2024
REUTERS/Evelyn Hockstein
Ao se dirigir à plateia, o ex-presidente disse: “Não era para eu estar aqui essa noite”. O público respondeu: “Sim, você está”, “sim, você está”.
O ex-presidente também relatou que conversou com as duas vítimas que se feriram no atentado. Em seguida, Trump levantou o capacete do bombeiro Corey Comperatore, que morreu no ataque, e fez uma homenagem. O republicano anunciou ajuda financeira à família.
“Apesar de um ataque tão hediondo, nos unimos esta noite mais determinados do que nunca. Nossa determinação está intacta e nosso propósito permanece o mesmo: entregar um governo que sirva ao povo americano.”
Relembre o atentado
Comício de Trump é interrompido após tiros, na Pensilvânia
Trump estava fazendo um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, quando foi alvo do atentado. Um vídeo registrou o exato momento em que o ex-presidente reage ao ouvir tiros de arma de fogo. Um espectador morreu e outros dois ficaram feridos. Veja acima.
Durante os disparos, Trump levou a mão à orelha e se abaixou. Na sequência, agentes do Serviço Secretos dos Estados Unidos protegeram o republicano.
Ele foi retirado do local instantes depois. Antes, acenou para o público e apareceu com a orelha ensanguentada. Trump foi levado para o hospital e recebeu alta cerca de três horas depois.
O ex-presidente fez uma publicação horas após o atentado em uma rede social para comentar o ocorrido.
“Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo”, escreveu Trump.
O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks. Ele tinha 20 anos e foi morto por um sniper do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Com ele, as autoridades encontraram um fuzil AR-15.
O FBI está investigando a motivação do atentado. Celulares e equipamentos eletrônicos de Crooks estão sendo analisados. As autoridades já revelaram que o atirador pesquisou sobre informações e datas envolvendo Trump e Biden.
Fonte da Máteria: g1.globo.com