Pesquisar
Close this search box.
Notícias

Oposição venezuelana relata preocupação com baixo comparecimento de eleitores às urnas


Informação chegou ao assessor especial de Lula, Celso Amorim, que está em Caracas para acompanhar a disputa eleitoral. Apesar de número de votantes estar abaixo do esperado pela oposição, expectativa é de que tenha superado o de 2018 Locais de votação em Caracas, na Venezuela, registraram filas, mas movimento caiu à tarde, segundo a oposição a Nicolás Maduro
Maxwell Briceno/Reuters
Enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Venezuela para acompanhar a eleição presidencial deste domingo (28), o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi informado de que a oposição venezuelana está preocupada com o baixo comparecimento dos eleitores, sobretudo na parte da tarde.
A votação se encerrou às 19h, no horário de Brasília. Amorim acompanha os desdobramentos da disputa eleitoral na Embaixada do Brasil em Caracas.
Interlocutores do ex-ministro, que é assessor especial de Lula para assuntos de política internacional, relataram que a oposição ao presidente Nicolás Maduro considerou o comparecimento dos eleitores menor do que o esperado.
Na Venezuela o voto não é obrigatório. Apesar de o comparecimento estar aquém do esperado, a própria campanha do opositor Edmundo González divulgou que o número de votantes está maior que em 2018 – era de 54,8% duas horas antes do encerramento.
O Conselho Nacional Eleitoral, órgão venezuelano equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil, não divulgou dados oficiais até a publicação desta reportagem.
Segundo relatos da oposição e de outros observadores à equipe de Celso Amorim, havia um grande número de eleitores em centros de votação de Caracas no período da manhã, mas houve uma diminuição expressiva a partir do meio-dia, no horário local.
Maduro entrou na disputa em um contexto de profunda crise econômica e humanitária na Venezuela. Em 10 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano teve uma queda de 80%, levando mais de 7 milhões de pessoas a deixarem o país.
A eleição contou com ampla mobilização da oposição, que, pela primeira vez em muitos anos, vê chances reais de derrotar o chavismo. Cerca de 21 milhões de pessoas se registraram para votar.

Fonte da Máteria: g1.globo.com