Pesquisar
Close this search box.
Notícias

EUA e Reino Unido pedem que seus cidadãos deixem o Líbano


Tensão regional se agravou com a morte de um alto dirigente do Hezbollah no país e o assassinato no dia seguinte em Teerã do chefe do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh. Funeral de comandante do Hezbollah nesta quinta em Beirute, no Líbano
Alkis Konstantinidis/Reuters
Os Estados Unidos e o Reino Unido pediram neste sábado (3) que seus respectivos cidadãos presentes no Líbano deixem o país o mais rápido possível.
“Encorajamos aqueles que desejam sair do Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que o voo não saia imediatamente ou não siga a rota de sua primeira escolha”, informou em um comunicado a embaixada dos EUA em Beirute, capital do país.
“As tensões estão elevadas e a situação pode se deteriorar rapidamente”, alertou o chanceler britânico, David Lammy, acrescentando: “Minha mensagem para os cidadãos britânicos lá é clara: saiam já”.
As recomendações acontecem diante dos temores de uma escalada de conflitos no país. A tensão regional se agravou com a morte na última terça-feira (13), em um bombardeio israelense em um subúrbio de Beirute, de um alto dirigente do Hezbollah, e o assassinato no dia seguinte em Teerã do chefe do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh.
Em declaração nesta semana, Benjamin Netanyahu não comentou diretamente a morte do líder do grupo terrorista, mas disse que o país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
Neste sábado, o Hezbollah afirmou ter lançado dezenas de foguetes contra o norte de Israel, “em solidariedade” ao povo palestino e em resposta a ataques israelenses no sul do Líbano.
“A resistência islâmica adicionou o novo assentamento de Beit Hillel [norte de Israel] à sua lista de alvos, e o bombardeou pela primeira vez com dezenas de foguetes”, informou o Hezbollah.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou na sexta-feira (2) que havia ordenado “ajustes” para “melhorar a proteção” de suas forças e “aumentar o apoio à defesa de Israel”, devido à “possibilidade de uma escalada regional por parte do Irã e seus parceiros”.
Manifestantes seguram bandeiras e armas ao lado de uma imagem do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, durante um protesto para condenar seu assassinato no Irã, em Sidon, Líbano, nesta quarta-feira (31).
Alkis Konstantinidis/Reuters
O reforço inclui o envio de mais navios de guerra equipados com mísseis balísticos de defesa e um esquadrão adicional de aviões de combate.
Haniyeh foi enterrado na sexta-feira em um cemitério perto de Doha, no Catar, onde vivia exilado, após um cortejo fúnebre que reuniu multidões.
Mesmo sem que o governo israelense tenha assumido autoria pela morte de Haniyeh, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com um “severo castigo” e o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falou de uma “resposta inevitável”.
LEIA TAMBÉM:
Menino de 11 anos morto em ataque no norte de Israel era torcedor da seleção brasileira
Exército israelense e o grupo extremista Hezbollah voltaram a trocar ataques
Chefe político do Hamas foi alvo de bomba plantada secretamente na casa de hóspedes onde ele estava, diz jornal
Chefe político do Hamas é morto no Irã

Fonte da Máteria: g1.globo.com