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Rebeca Andrade diz que não se sente pressionada e afirma: ‘Faço porque eu amo’

Nesta segunda-feira (5), a ginasta se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil: ‘Foi um lugar muito difícil de ser conquistado’, diz Rebeca em entrevista ao Jornal Nacional. Ao vivo no JN, Rebeca Andrade fala sobre a conquista do ouro na prova do solo
Nesta segunda-feira (5), o Jornal Nacional esperou um pouquinho para dizer “boa noite”. Porque era justo começar essa edição com a apresentação histórica da Rebeca Andrade. Foi um jeito de o Jornal Nacional parabenizar a atleta que se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil. E para a noite ser ainda melhor, o Jornal Nacional conversou, em Paris, com a Rebeca Andrade.
Renata Vasconcellos: Você já disse que está vivendo essa olimpíada de forma muito plena, muito consciente. Você está vivendo paris intensamente. Como foi a sua preparação mental para conseguir chegar até aqui de uma forma tão plena e fazendo história?
Rebeca Andrade: Boa noite, gente! Eu estou muito feliz. A minha preparação foi na conversa mesmo. Eu converso muito com a minha psicóloga. Eu tento cuidar ao máximo da minha cabeça e do meu corpo para criar aquele equilíbrio para que eu consiga fazer as minhas apresentações bem tranquila, sem pressão, sem obrigação de voltar para casa ou para o Brasil com medalhas. Eu faço porque é o meu trabalho, porque eu amo, porque eu quero. Mas eu não me sinto pressionada mesmo para fazer essas coisas, sabe? Eu acho que é por isso que as pessoas falam que eu pareço tão tranquila, tão serena, porque eu estou ali fazendo o meu trabalho, assim como qualquer outro ser humano que tem um emprego. A gente está ali para fazer a nossa parte. Eu me esforcei ao máximo para conseguir esses resultados e eu estou muito feliz que deu tudo certo. Sou muito grata a Aline, que é a minha psicóloga, por essas conquistas.
Rebeca Andrade é ouro no solo em Paris e se torna a maior medalhista brasileira dos Jogos Olímpicos
Karine Alves, repórter: E nós somos gratos a você. Muito obrigada por essa vitória, por nos representar tão bem e ter essa imagem de vitória, de vencedora. Então, eu já queria começar perguntando: você hoje é a maior medalhista olímpica do Brasil. Você já tem noção do que isso significa para você e, também, para todos os brasileiros que só falam da Rebeca?
Rebeca Andrade: Eu tenho noção porque eu sei como é importante a gente ter referência e ter pessoas para acreditar que é possível, sabe? Eu já passei por muitas coisas durante a minha carreira, coisas que me fizeram querer desistir muitas vezes. Mas ter ali toda a minha equipe e pessoas nas quais acreditaram em mim… E eu também acreditando em mim, sabe? Acredito que eu tenha sido muito forte, e tem me permitido viver todos os momentos. Os momentos ruins, os momentos bons. Então, eu tenho total consciência hoje da posição que eu tenho para o meu país e para o mundo, e me sinto muito honrada por estar nesse lugar. Foi um lugar muito difícil de ser conquistado e eu espero que eu permaneça nele para sempre.
Repórter: A gente também. Você já entrou para a história. Inclusive, a sua mãe não pôde estar em Tóquio, em 2021. Agora, ela estava do teu lado, vendo a tua principal vitória. Você ali, rainha, dominando. Como isso mexe com você?
Rebeca Andrade: Foi incrível. Fez muita falta em Tóquio ter toda a nossa equipe junta ali. Tanto as meninas quanto a equipe multidisciplinar e a minha família. Porque foi um período muito difícil para a gente, para o mundo todo. Então, ter a minha mãe hoje aqui comigo… Na verdade, todos os dias. Ela estava em todas as minhas apresentações. Então, todos os dias curtindo, se emocionando, me dando o maior abraço, orando por mim, desejando as melhores coisas. Eu não tinha vivido tão intensamente como eu vivi dessa forma aqui em Paris. Porque ela estava em 2016 também, mas eu era muito novinha. Eu tinha noção da grandiosidade que era estar na Olimpíada, mesmo tão nova. Só que aqui foi diferente. E eu fiquei muito feliz. Estava minha mãe e meu padrasto também ali, torcendo ao máximo por mim. Eles já falando: ‘Não, valeu super a pena vir para cá já. Eu já estou muito feliz’. Eles já estamos felizes só de sair do Brasil e estar conhecendo um país novo. Mas poder me assistir ali, me ver alcançando e conquistando os meus sonhos e os meus objetivos que acabaram se tornando sonhos e objetivos deles também. Eles estão muito orgulhosos de mim. Eu já falei uma vez em outra entrevista: a minha vida é orgulhar a minha mãe. Então, olhar pra ela e ver que ela está transbordando de alegria e de orgulho de mim por estar aqui. Mas ela sentiu isso com todos os filhos. É muito bonito. Eu fico muito, muito feliz. E amo a minha mãe. Não tem como.
Repórter: Você orgulha a sua mãe e orgulha o Brasil inteiro. Muito obrigada, Rebeca, por mais essa conquista, por nos orgulhar tanto.
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Fonte da Máteria: g1.globo.com