Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi considerado vencedor nas eleições, mas a oposição e parte da comunidade internacional alegam fraude. Atas eleitorais não foram apresentadas até hoje. O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, vai à Colômbia nesta semana conversar sobre a crise política na Venezuela.
Na agenda de Vieira está um encontro com o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, na quinta-feira (15).
A Venezuela mergulhou mais ainda na crise política há duas semanas, quando o atual presidente, Nicolás Maduro (no poder desde 2013), foi considerado, pelos órgãos oficiais, vencedor da eleição presidencial.
Só que a oposição venezuelana e parte da comunidade internacional alegam que o vencedor, na verdade, foi Edmundo González, candidato da oposição. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela eleição (e ligado a Maduro, na prática) não apresentou até hoje a totalidade das atas eleitorais — os boletins das urnas venezuelanas.
Nestes 15 dias, o governo brasileiro tem insistido em que só vai se manifestar sobre reconhecer ou não a eleição venezuelana após o aparecimento das atas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aliado histórico de Maduro, mas, pouco antes do pleito, disse que tinha se “assustado” com a fala de Maduro de que haveria um “banho de sangue” caso ele não fosse eleito.
Quanto mais passa o tempo, mais Lula é cobrado dentro e fora do Brasil a não condescender com desrespeito à democracia na Venezuela.
México e Colômbia são países que têm a mesma postura que o Brasil e estão conversando com o governo brasileiro para tentar buscar uma solução para o impasse venezuelano.
Nos bastidores, muitas conversas estão ocorrendo, e chanceleres de Brasil, México e Colômbia estão buscando também contato com colegas de outros países.
A diplomacia do Brasil também tem conversado com a oposição e o governo na Venezuela. O objetivo é evitar a escalada da tensão política e social.
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Ligação telefônica entre Lula e Maduro
Enquanto isso, ainda não ocorreu a tão esperada conversa por telefone entre Lula e Maduro.
No Itamaraty, a informação é que, para ter algum avanço de conversa envolvendo os dois presidentes, é preciso que haja condições de Lula sair da ligação com algum avanço.
“Falar por falar também não adianta”, afirmou um diplomata brasileiro.
Fonte da Máteria: g1.globo.com
