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Ibovespa sobe e renova maior patamar do ano, com espera por queda de juros nos EUA; dólar avança


O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, próximo à máxima história, de 134.194 pontos. A moeda norte-americana, por sua vez, subiu 0,27%, cotada em R$ 5,4833. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo.
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em alta nesta quinta-feira (15), renovando o maior patamar do ano. Investidores estão animados com a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve começar a cortar suas taxas de juros no próximo mês.
Ontem, dados de inflação dos EUA mostraram que o acumulado anual segue acima do esperado, próximo dos 3%, mas que os preços voltaram a apresentar um comportamento mais positivo.
A meta de inflação no país é de 2%, mas uma desaceleração consistente ajuda o BC americano a ter mais tranquilidade para iniciar a redução dos juros em setembro. (veja mais abaixo)
Em ambiente positivo, os mercados globais vivem um pregão de altas generalizadas, influenciadas pela projeção de juros mais baixos na maior economia do mundo.
O dólar também encerrou a sessão desta quinta-feira em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,27%, cotado a R$ 5,4833. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,57% na semana;
recuo de 3,02% no mês;
alta de 13% no ano.
No dia anterior, a amoeda americana teve alta de 0,35%, cotada em R$ 5,4687.

Ibovespa
Já o Ibovespa fechou em alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, renovando o maior patamar do ano e próximo à máxima histórica de fechamento, de 134.194 pontos. Na máxima, chegou a 134.574 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
alta de 2,71% na semana;
avanço de 5,09% no mês;
perdas de 0,02% no ano.
Na véspera, o índice teve alta de 0,69%, aos 133.317 pontos.

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O que está mexendo com os mercados?
Desde a quarta-feira (14), o Ibovespa e outros índices de ações foram beneficiados pelos dados de inflação nos Estados Unidos. E uma bateria de resultados corporativos favoráveis também ocupou as atenções.
O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho, acumulando uma alta de 2,9% em 12 meses. O resultado veio em linha com as expectativas de mercado.
Excluindo os componentes voláteis da inflação — alimentos e energia —, o CPI subiu 0,2% em julho e 3,2% em 12 meses, no menor aumento anual desde abril de 2021.
Apesar de o resultado continuar acima da meta do Fed, de 2%, o comportamento mais benigno dos preços abre espaço para que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) inicie um processo de queda da taxa de juros americanos na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro.
Essa já é a aposta do mercado financeiro há algum tempo, mas ganha força com os dados de inflação. Segundo a ferramenta FedWatch, do CME, que mede as projeções de participantes do mercado financeiro sobre as taxas de juros americanas, 100% do mercado espera um corte nas taxas no próximo mês.
Os especialistas e investidores só se dividem em relação a qual será o tamanho do corte: 75% esperam uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto 25% esperam um corte de 0,50 p.p. Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.
A expectativa por juros menores anima os mercados globais porque, quanto menores as taxas, menores são as rentabilidades oferecidas pelos títulos públicos americanos (considerados os mais seguros do mundo), e maior a migração de investimentos para outros ativos com maior risco.
Nesse sentido, ao passo em que o dólar se desvaloriza em nível global, os mercados de ações de vários países vivem pregões de alta. Na Europa, a maioria dos principais índices acionários sobem, enquanto na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia também foi de valorização das bolsas.
Além dos juros, as vendas no varejo dos EUA subiram 1% em julho, depois de uma queda revisada para baixo de 0,2% em junho. O número alivia os temores de que uma forte desaceleração econômica no país.

Fonte da Máteria: g1.globo.com