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Ibovespa deixa escapar recorde no fim do pregão e fecha em queda; Vale sobe 3%


O principal índice acionário da bolsa de valores fechou em queda de 0,08%, aos 136.776 pontos. O dólar fechou em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,5021. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores, escorregou no fim do pregão e fechou em baixa nesta terça-feira (27), mesmo com alta considerável nas ações da Vale.
A empresa é uma das que tem o maior peso na composição do Ibovespa, e suas ações subiram 3,01% após o anúncio do novo presidente da companhia. Gustavo Pimenta, atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por unanimidade para o comando da mineradora pelos conselheiros na noite de segunda-feira.
Na máxima do dia, o Ibovespa atingiu seu maior patamar durante o pregão, com 137.213 pontos. Já o dólar fechou em alta, de volta à casa dos R$ 5,50. (veja mais abaixo)
O mercado ainda repercute a expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, somada à cautela por conta das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
No Brasil, expectativa para a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil (BC). Cotado ao cargo, ele estava em evento em Teresina (PI) nesta segunda quando foi chamado a Brasília pelo presidente Lula (PT) para ficar de “sobreaviso” em caso de indicação oficial.
Também, nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia oficial da inflação, subiu 0,19% em agosto, puxado pela alta nos preços da gasolina. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar fechou em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,5021. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,41 na semana;
recuo de 2,69% no mês;
alta de 13,39% no ano.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,23%, cotada em R$ 5,4922.

Ibovespa
O Ibovespa teve queda de 0,08%, aos 136.776 pontos.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou:
alta de 0,86% na semana;
alta de 7,15% no mês;
ganhos de 1,93% no ano.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 136.889 pontos, recorde histórico de pontuação.

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Principal notícia corporativa do dia foi a eleição do novo presidente da Vale, que vai assumir o comando em 2025. Gustavo Pimenta, atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por unanimidade pelos conselheiros.
Ele assumirá a vaga de Eduardo Bartolomeo, que está no comando da mineradora desde março de 2019. Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro de 2024.
Segundo a companhia, o novo presidente passará a comandar a Vale até 28 de fevereiro de 2025, assim que for cumprida a transição. Antes da eleição, a companhia havia informado que o atual presidente seguiria no comando até o fim de 2025.
A mineradora enfrentava há meses um processo turbulento de escolha do próximo presidente. O mandato de Bartolomeo venceu em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.
O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a notícias de que o governo federal estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora — o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi um dos cogitados.
No cenário nacional, a expectativa para a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil (BC) cresce cada vez mais. Cotado para substituir Roberto Campos Neto, ele estava em Teresina (PI) e antecipou o retorno a Brasília nesta segunda-feira a pedido do presidente Lula (PT), segundo apurou a TV Globo.
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo foi colocado de “sobreaviso”, caso Lula decida oficializar a sua indicação — que ainda terá de ser aprovada pelo Senado Federal.
Apesar de próximo de Lula e Haddad, Galípolo é um nome bem recebido pelo mercado por já ter se mostrado técnico e comprometido com o combate à inflação alta no país.
Na semana passada, em um discurso duro, ele afirmou que suas falas recentes não colocaram o BC em um “corner” em relação ao que será feito com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.
Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a avaliação de que o BC terá que subir a Selic em pelo menos 0,25 ponto percentual em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário externo.
Nesta segunda, Galípolo disse que os dados indicam que a economia brasileira parece estar em um estágio distinto da economia norte-americana — que começou a dar sinais de moderação.
“A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil (…) Tem mostrado bastante dinamismo”, afirmou ele, durante participação em evento de comemoração dos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina (PI).
Taxas maiores aumentam a rentabilidade dos títulos públicos brasileiros, o que atrai investidores estrangeiros e pode valorizar o real em relação ao dólar.
Os juros também são um tema central na agenda dos investidores internacionais, sobretudo após o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole na sexta-feira. Ele afirmou que “chegou a hora” de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo.
“Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços”, disse Powell, que também garantiu que a instituição “não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho”.
Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.
Depois de vários adiamentos por conta dos dados mais fortes de inflação e atividade da economia americana, o mercado de trabalho dos EUA começou a mostrar um desaquecimento no início deste mês e os resultados de inflação voltaram a mostrar que os preços estão mais comportados.
Com isso, Powell afirmou na sexta-feira que o atual nível das taxas de juros dá “amplo espaço” para que o Fed responda aos riscos, inclusive os números baixos de emprego. Essa afirmação joga ainda mais luz a uma dúvida que tomou os mercados nas últimas semanas: qual será a magnitude do corte promovido pelo Fed em sua próxima reunião.
Por fim, as tensões no Oriente Médio também continuam no radar do mercado. No domingo (25), Israel declarou emergência e lançou ataques ao sul do Líbano após identificar uma ofensiva do grupo terrorista Hezbollah. Como a região é a mais importante produtora de petróleo do mundo, a commodity começou a semana com altas de quase 3%.
Apesar da troca de ataques intensos, como mostra o blog da Sandra Cohen, os dois lados calibram suas reações para evitar uma escalada maior do conflito.

Fonte da Máteria: g1.globo.com