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'Boletim Focus': mercado financeiro passa a prever alta dos juros na semana que vem

Números foram divulgados pelo Banco Central. Após divulgação do PIB do segundo trimestre, expectativa dos economistas dos bancos para o crescimento da economia neste ano subiu para 2,68%. Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar aumento da taxa básica de juros na próxima semana.
A estimativa, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, consta do relatório “Focus” divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC).
A previsão do mercado é de que a taxa Selic, fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, suba dos atuais 10,50% para 10,75% ao ano na semana que vem.
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E esse seria somente o primeiro aumento da taxa de juros. Isso porque, para o fim deste ano, a expectativa dos analistas dos bancos é de que a Selic fique em 11,25% ao ano.
Ou seja, o mercado está prevendo outros aumentos ainda em 2024.
A projeção do mercado de que a taxa de juros começará a subir bem após o próprio Banco Central ter avisado que pode começar a elevar a Selic “se julgar apropriado”.
O objetivo da instituição seria conter o crescimento da inflação, cujas estimativas também estão em alta e se distanciando cada vez mais das metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (veja abaixo).
Inflação
Pra este ano, a expectativa de inflação do mercado financeiro avançou pela oitava semana seguida, passando de 4,26% para 4,30%.
Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 continua se distanciando da meta central de inflação e se aproximando do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, a estimativa de inflação permaneceu em 3,92% na última semana.
E, para 2026, a expectativa ficou estável em 3,60%.
A partir de 2025, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2026.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Economia brasileira supera prevbisões do 2º trimestre
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,46% para 2,68%.
A projeção subiu após a divulgação do PIB do segundo trimestre, que registrou expansão de 1,4%, contra os três meses anteriores, e surpreendeu positivamente o mercado financeiro.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,85% para 1,90%.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,33 para R$ 5,35. Para o fim de 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção permaneceu em US$ 83,5 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo ficou estável em US$ 79 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 71 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso subiu de US$ 73 bilhões para US$ 73,5 bilhões.

Fonte da Máteria: g1.globo.com