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EUA querem apresentar proposta de cessar-fogo temporário entre Israel e Hezbollah para evitar 'guerra total'


Esforços dos EUA são para frear rápida escalada no conflito, ocorrida após explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano. Autoridades americanas aproveitaram Assembleia Geral da ONU, que reúne líderes mundiais, para buscar apoio de outros países para o plano. Bombardeio ao fundo de paisagem de praia no Líbano
REUTERS/Aziz Taher
Os Estados Unidos estão estudando apresentar uma proposta de cessar-fogo temporário nas agressões entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah para frear as tensões entre as partes, disseram autoridades dos EUA à agência Associated Press nesta quarta-feira (25).
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A tentativa dos EUA de evitar uma “guerra total” entre Israel e Hezbollah ocorre em meio a uma rápida escalada de tensões após explosões de pagers e de walkie-talkies de membros do grupo extremista no Líbano e o dia mais sangrento desde a guerra de 2006 com bombardeio israelense em Beirute, que deixou mais de 560 mortos na segunda (23).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em discurso à Assembleia Geral da ONU na terça que “uma guerra total (entre Israel e Hezbollah) não interessa a ninguém”. Em meio à troca de agressões, o grupo libanês bombardeia alvos mais profundos em Israel, e o Exército israelense convocou reservistas e estuda entrada por terra no Líbano.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros funcionários americanos passaram os últimos três dias na Assembleia Geral anual da ONU, em Nova York, buscando apoio de outros países para o plano, que esperam poder levar a uma estabilidade de longo prazo ao longo da fronteira, segundo as autoridades, que falaram sob condição de anonimato para discutir conversas diplomáticas sensíveis.
Blinken afirmou que o governo americano está “intensamente engajada com vários parceiros para diminuir as tensões no Líbano e trabalhar para conseguir um acordo de cessar-fogo que traria muitos benefícios para todos os envolvidos”.
No entanto, autoridades americanas disseram à AP que os detalhes específicos da proposta ainda não estavam completos. Um funcionário israelense afirmou que Netanyahu deu sinal verde para os EUA buscarem um possível acordo, mas apenas se ele incluir o retorno dos civis israelenses para suas casas. O funcionário falou sob condição de anonimato porque estava discutindo a diplomacia nos bastidores.
O objetivo dos Estados Unidos é evitar uma “guerra total” na região, que teria potencial para desestabilizar ainda mais o Oriente Médio, já abalado com a guerra na Faixa de Gaza. Biden afirmou nesta quarta ser possível que haja uma guerra total, mas que também dá para a evitar.
“Uma guerra total é possível, mas eu acho que há também uma oportunidade, e ainda estamos a tempo de ter um acordo que fundamentalmente pode mudar toda a região”, disse Biden, durante uma entrevista à rede de TV norte-americana “ABC”.

Fonte da Máteria: g1.globo.com