Segundo Kelly Ortberg, a fabricante de aeronaves irá atrasar em um ano a primeira entrega do modelo Boeing 777X, em meio a greve de trabalhadores. Boeing irá cortar 17 mil empregos, 10% da força de trabalho global, diz CEO
Reuters
A fabricante de aeronaves norte-americana Boeing irá cortar 17 mil empregos, o que representa 10% de sua força de trabalho global, disse nesta sexta-feira (11) o CEO da companhia, Kelly Ortberg.
Segundo Ortberg, a empresa irá atrasar em um ano a primeira entrega do modelo Boeing 777X, em meio à greve de trabalhadores que já dura um mês e tem afetado as finanças da fabricante.
Em mensagem aos funcionários, Ortberg afirmou que a Boeing precisa redefinir seus níveis de mão de obra “para alinhar-se com nossa realidade financeira”. Ele citou a greve de 33 mil trabalhadores na costa oeste dos EUA, que interrompeu a produção dos jatos 737 MAX, 767 e 777.
“Redefinimos nossos níveis de mão de obra para alinhamento com nossa realidade financeira e para um conjunto de prioridades mais focado”, disse Ortberg. “Nos próximos meses, planejamos reduzir o tamanho de nossa força de trabalho total em cerca de 10%. Essas reduções incluirão executivos, gerentes e funcionários.”
As ações da Boeing caíram 2,3% nas negociações pós-mercado.
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No comunicado, Ortberg disse ainda que a Boeing notificou os clientes sobre a previsão da primeira entrega do 777X, com atraso para 2026, devido aos desafios enfrentados no desenvolvimento, à pausa nos testes de voo e à paralisação de trabalhos em andamento.
A Boeing já enfrentava problemas com a certificação do 777X, o que havia atrasado significativamente o lançamento do avião.
A empresa, que divulgará em 23 de outubro seus resultados financeiros do terceiro trimestre, disse em um comunicado separado que espera receita de US$ 17,8 bilhões, perda por ação de US$ 9,97 e fluxo de caixa operacional negativo de US$ 1,3 bilhões.
“Embora nosso negócio esteja enfrentando desafios de curto prazo, estamos tomando decisões estratégicas importantes para nosso futuro e temos uma visão clara sobre o trabalho que precisamos fazer para restaurar nossa empresa”, disse Ortberg.
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A Boeing encerrará seu programa de cargueiros 767 em 2027, quando completar e entregar os 29 aviões restantes encomendados, mas disse que a produção do KC-46A Tanker continuará.
Chegar a um acordo para encerrar a paralisação de trabalho é crucial para a Boeing. A agência de classificação S&P estimou que a greve está custando à empresa US$ 1 bilhão por mês e que ela corre o risco de perder sua cobiçada classificação de crédito de grau de investimento.
Mesmo antes do início da greve em 13 de setembro, a empresa já estava consumindo caixa enquanto lutava para se recuperar de um incidente de explosão de painel no ar em um novo avião em janeiro, que expôs protocolos de segurança fracos e levou reguladores dos EUA a restringir sua produção.
Fonte da Máteria: g1.globo.com