Cole Bridges, de 24 anos, foi preso por fornecer informações para emboscadas do grupo terrorista contra tropas americanas no Oriente Médio. Tropas americanas em Bagdá em 2005; conflito previsto para durar alguns meses se arrastou por anos
AFP
Um soldado do Exército dos EUA foi condenado a 14 anos de prisão nesta sexta-feira (11) por tentar ajudar o Estado Islâmico (EI) a realizar emboscadas contra tropas americanas no Oriente Médio, segundo o Departamento de Justiça.
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Cole Bridges, de 24 anos, é acusado de tentar fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e de tentar assassinar membros do serviço militar dos EUA, com base em seus esforços para ajudar o EI a atacar e matar soldados dos EUA no Oriente Médio.
Segundo documentos judiciais, Bridges ingressou no Exército dos EUA por volta de setembro de 2019 como batedor de cavalaria em uma divisão com base em Fort Stewart, na Geórgia.
Bridges foi preso em 2021 após trocar mensagens por alguns meses com um agente encoberto do FBI que se passava por um apoiador do Estado Islâmico que supostamente teria contato com combatentes do grupo terrorista no Oriente Médio.
Durante a troca, o soldado forneceu documentos e informações sobre a logística de tropas do Exército americano no Oriente Médio e ter oferecido treinamento aos terroristas para ataques contra militares americanos. (Leia mais abaixo)
Ele se declarou culpado das acusações de terrorismo em 14 de junho de 2023. A sentença proferida nesta sexta também menciona 10 anos de liberdade supervisionada após o período de cadeia.
Antes de sua entrada no Exército americano, Bridges começou a pesquisar e consumir propaganda online promovendo jihadistas e sua ideologia violenta, além de expressar seu apoio ao EI e à jihad nas redes sociais.
Por volta de outubro de 2020, aproximadamente um ano após ingressar no Exército, Bridges começou a se comunicar com um funcionário disfarçado do FBI, que estava se passando por um apoiador do EI que teria contato com combatentes do grupo terrorista no Oriente Médio. Durante essas comunicações, Bridges expressou sua frustração com o Exército dos EUA e seu desejo de ajudar o EI. O soldado então forneceu treinamento e orientação a supostos combatentes do EI que estavam planejando ataques, incluindo conselhos sobre alvos potenciais na cidade de Nova York.
Bridges também forneceu ao agente disfarçado partes de um manual de treinamento do Exército dos EUA e orientações sobre táticas de combate militar, com o entendimento de que os materiais seriam usados pelo EI em futuros planejamentos de ataques.
Por volta de dezembro de 2020, Bridges começou a fornecer ao agente disfarçado instruções para os supostos combatentes do Estado Islâmico sobre como atacar as forças dos EUA no Oriente Médio. Entre outras coisas, Bridges diagramou manobras militares específicas destinadas a ajudar os combatentes do EI a maximizar a letalidade dos futuros ataques contra as tropas dos EUA.
Bridges também forneceu conselhos sobre a melhor forma de fortificar um acampamento do Estado Islâmico para emboscar as Forças Especiais dos EUA, incluindo a instalação de explosivos em certos edifícios para matar os soldados dos EUA.
Então, em janeiro de 2021, Bridges forneceu ao agente disfarçado um vídeo de si mesmo com sua armadura do Exército dos EUA, posando em frente a uma bandeira frequentemente usada pelos combatentes do EI e fazendo um gesto simbólico de apoio ao grupo terrorista. Cerca de uma semana depois, Bridges enviou um segundo vídeo no qual, usando um manipulador de voz, narrou um discurso de propaganda em apoio à emboscada antecipada do EI contra as tropas dos EUA.
O caso foi investigado pelo FBI de Washington, Atlanta e Cleveland, com assistência do Contrainteligência do Exército dos EUA, do Escritório do Procurador dos EUA para o Distrito Sul da Geórgia, da Força Aérea de Investigação Especial, do Comando de Investigação Criminal do Exército dos EUA e da Terceira Divisão de Infantaria do Exército dos EUA.
Fonte da Máteria: g1.globo.com