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Dólar recua e volta a R$ 5,65, de olho em cenário fiscal e noticiário internacional; Ibovespa cai


A moeda norte-americana caiu 0,08%, cotada a R$ 5,6596. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar perdeu o ímpeto visto pela manhã e encerrou a sessão deste quinta-feira (17) em leve queda, conforme investidores renovavam as preocupações com o quadro fiscal brasileiro e repercutiam o noticiário internacional.
Por aqui, em meio às tentativas do Ministério da Fazenda de encontrar espaços para cortar gastos do governo, o mercado repercutia a notícia de que a equipe econômica estuda um mecanismo que possibilitaria que as empresas estatais deixassem de depender do Tesouro Nacional.
Já no exterior, as atenções ficaram com os novos dados de trabalho e comércio dos Estados Unidos, bem como com notícias vindas da China.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em baixa.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
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Dólar
Ao final da sessão, o dólar caiu 0,08%, cotado a R$ 5,6596. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6880. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,80% na semana;
avanço de 3,90% no mês;
ganho de 16,63% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,14%, a R$ 5,6644.

O
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,62% na semana;
perdas de 0,78% no mês;
recuo de 2,53% no ano.
Na véspera, o índice subiu 0,54%, aos 131.750 pontos.

O que está mexendo com os mercados?
Com a proximidade do fim do ano, a principal expectativa do mercado no cenário doméstico está em saber se o governo será capaz de cumprir sua meta fiscal em 2024.
A última notícia que ganhou destaque nesse sentido foi a possibilidade de o governo apresentar uma proposta para a transação das estatais dependentes da União para a independência financeira.
“A leitura inicial do mercado considerou uma possível abertura de espaço fiscal (para outros gastos), além de alguma margem para aumento das despesas dessas empresas”, explicou a equipe de análises da XP Investimentos.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “não há hipótese” de estatais saírem da contabilidade do arcabouço fiscal, argumentando que alterações de redação nas medidas que o governo elabora podem ser feitas caso haja alguma divergência de interpretação.
Haddad também afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é um tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o final o ano, ressaltando que serão propostas “medidas consistentes” para que o arcabouço fiscal tenha vida longa.
No entanto, mesmo com os esclarecimentos feitos pelo ministro, a XP destacou que o desempenho dos principais ativos financeiros nacionais foram negativos, “com depreciação da taxa de câmbio e abertura da curva de juros”.
Já no exterior, novos dados econômicos voltaram a mostrar que a economia dos Estados Unidos segue aquecida.
As vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Já a produção industrial norte-americana marcou uma queda de 0,3% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nesse caso, o mercado esperava uma queda de 0,2%.
Outro destaque na maior economia do mundo ficou com os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, em linha com as estimativas, e abaixo dos 260 mil da semana anterior.
Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu pela segunda vez consecutiva suas taxas de juros, com um corte de mesma magnitude, de 0,25 ponto percentual. Agora, as principais taxas do BCE estão entre 3,25% e 3,65% ao ano.
Por fim, os investidores também seguiram atentos às notícias vindas da China, com pessimismo renovado em meio a mais uma crise do setor imobiliário do país.
O gigante asiático anunciou que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis a financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (cerca de US$ 562 bilhões ou R$ 3,2 trilhões) até o final do ano.
O anúncio foi visto pelo mercado como sendo apenas complementar às medidas de estímulo ao setor que o governo chinês já havia apresentante anteriormente. A decepção com a China, que é o maior importador de matérias-primas do planeta, voltou a pressionar os preços das commodities nesta quinta.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte da Máteria: g1.globo.com