Guilherme Arantes, Claudio Lucci e Gerson Tatini celebram o relançamento do único álbum do grupo paulista de rock progressivo que revelou Arantes. Músicos do grupo de rock progressivo Moto Perpétuo, formado em 1973 e dissolvido em 1975 na cidade de São Paulo (SP)
Reprodução / Facebook Moto Perpétuo
♫ NOTÍCIA
♪ Em 11 de novembro de 1974, os cinco músicos da banda paulistana Moto Perpétuo – Claudio Lucci (violão, violoncelo e guitarra), Diógenes Burani Filho (bateria), Egídio Conde (guitarra), Gerson Tatini (baixo) e um certo Guilherme Arantes (voz, teclados e composições) – subiram ao palco do Teatro 13 de Maio, no Bixiga, bairro da cidade natal de São Paulo (SP), para lançar o álbum de estreia desse grupo de rock progressivo.
Intitulado Moto Perpétuo, o disco estava sendo posto no mercado pela gravadora Continental naquele mês de novembro de 1974 com 11 músicas inéditas, sendo nove assinadas por Guilherme Arantes e duas por Claudio Lucci.
Na ocasião, ninguém poderia supor que o Moto Perpétuo se dissolveria no ano seguinte, 1975, e muito menos que entraria para a história como a banda que revelou Guilherme Arantes, cantor e compositor que se tornaria um dos arquitetos fundamentais do pop nacional em carreira solo trilhada a partir de 1976.
Decorridos 50 anos, os três integrantes remanescentes do Moto Perpétuo – Arantes, Claudio Lucci e Gerson Tatini – vão se reunir em 11 de novembro de 2024 na cidade natal de São Paulo (SP), precisamente no Café Piu Piu, erguido no local onde funcionava o já extinto Teatro 13 de Maio, para fazer o show Moto Perpétuo – 50 anos com convidados, bater papo com os seguidores e celebrar a nova reedição em LP daquele primeiro (e único) álbum do grupo, além de louvar a memória dos dois integrantes que já saíram de cena.
O guitarrista Egídio Conde morreu em 4 de abril de 2015, vítima de câncer. Dois anos depois, quem partiu foi o baterista Diógenes Burani (10 de fevereiro de 1948 – 14 de abril de 2017).
Criado em 1973 e dissolvido em 1975, o Moto Perpétuo teve passagem meteórica quando o rock progressivo era o gênero da vez no universo pop. Só que o quinteto, em vez de mimetizar o som das bandas britânicas e norte-americanas, pôs um toque de música brasileira no som progressivo.
Já disponibilizado em edição digital pela Warner Music, gravadora que adquiriu o acervo da Continental, o álbum Moto Perpétuo legou para a posteridade esse som progressivo à moda brasileira.
O disco foi gravado entre setembro e outubro de 1974 com produção dirigida por Moracy do Val. Pena Schmidt, produtor musical que ganharia relevo na ascensão do rock brasileiro ao longo dos anos 1980, assinou a supervisão do som captado no estúdio paulistano Sonima.
O álbum Moto Perpétuo já tinha sido relançado em LP e em cassete duas vezes, em 1977 e 1989, além de ter ganhado edições em CD em 2002 e 2017.
O álbum em si nunca foi raro, mas é a rara a reunião do Moto Perpétuo com Guilherme Arantes, gênio do pop cuja ascensão em carreira solo deu aura mítica a esse grupo de rock progressivo que está na história do gênero no Brasil.
Capa da edição original em LP do álbum ‘Moto Perpétuo’, lançado em novembro de 1974
Arte de Marcos Campacci
Fonte da Máteria: g1.globo.com