O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que funcionários da UNRWA devem ser responsabilizados pelo que ele chamou de “atividades terroristas” contra o país. Palestinos do lado de fora da agência da ONU para refugiados palestinos na Faixa de Gaza, em março de 2024
Mahmoud Issa/Reuters
O Parlamento israelense aprovou, nesta segunda-feira (28), uma lei que proíbe a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) de trabalhar em seu território.
A proposta foi vencedora apesar de objeções da ONU e de outros atores internacionais, como os EUA.
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Os parlamentares aprovaram o projeto por 92 votos a favor e 10 contra, em um contexto de anos de críticas de Israel à UNRWA, que se intensificaram desde o começo da guerra em Gaza, em outubro de 2023.
Em um post na rede social X, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin netanyahu, afirmou que funcionários da UNRWA devem ser responsabilizados pelo que ele chamou de “atividades terroristas” contra o país.
Autoridades do país já haviam acusado a UNRWA de abrigar supostos terroristas entre seus funcionários anteriormente.
A UNRWA classificou a decisão de “ultrajante”. O porta-voz da entidade, Adnan Abu Hasna, disse que a decisão implicará no colapso do processo humanitário como um todo nos Territórios Palestinos.
Segundo o Departamentod e Estado dos EUA, o país comunicou a Israel nesta segunda que estão profundamente preocupados com o possível banimento das atividades da agência da ONU, especialmente na Faixa de Gaza, já que a UNRWA desempenha um papel insubstituível na prestação de assistência humanitária no enclave. As palavras são do porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Falando a jornalistas, Miller disse que a assistência humanitária não estaria chegando às pessoas em Jabalia, no norte de Gaza, onde os militares israelenses intensificaram os ataques, e que Washington não aceitaria isso.
Fonte da Máteria: g1.globo.com