Banda de nu metal lança álbum e faz dois shows em São Paulo nesta semana. g1 apresenta três infográficos para você entender nova fase do grupo americano. Como nova vocalista muda o som do Linkin Park
O Linkin Park que vem ao Brasil neste mês é uma outra banda e, claro, não poderia ser diferente. Sete anos após a morte de Chester Bennington, vocalista original, o grupo americano apresenta uma nova cantora, a talentosíssima Emily Armstrong, e um novo baterista, Colin Brittain.
“From Zero” é o primeiro álbum de estúdio desde “One More Light”, de 2017, ano da morte de Chester. O disco sai nesta sexta-feira (15), mesmo dia em que o Linkin Park toca em São Paulo. A banda se apresenta no Allianz Parque. Outro show foi marcado para o sábado (16), após os ingressos do primeiro se esgotarem em poucas horas.
Linkin Park vai além da nostalgia em novo álbum, para de novo aproximar rock pesado do pop; leia análise
Abaixo, o g1 apresenta três infográficos para você entender em que contexto o Linkin Park chega ao Brasil:
Ouça as performances de Chester e Emily
Veja top 5 de mudanças de vocalistas no rock
Escute o antes e depois de vozes do nu metal
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A performance de Emily recebeu merecidos elogios, mas gerou controvérsias. Jaime Bennington, filho de Chester, lamentou a presença da cantora na banda. Não teria nada a ver com talento. Segundo ele, ela tem ligações com a Igreja da Cientologia e com Danny Masterson, ator condenado a 30 anos de prisão por estupro. Alguns comentários de fãs também pareceram influenciados pelo machismo.
No geral, o que pode ser levado em conta é que Emily tem uma voz que combina com as letras atormentadas do Linkin Park, perfeitas na interpretação de Chester. “In the end” é sobre a sensação de que, no fim, todo esforço é em vão e nada importa. “Heavy” é cantada sobre o ponto de vista de alguém que está cada vez mais paranoico e louco.
“Shadow of the day” é sobre uma pessoa que quer dizer adeus aos amigos, mesmo com todos implorando para que ele fique. Há também letras sobre não atender expectativas (“Numb”) e querer esquecer de algo que se arrependeu (“What I’ve done”). O repertório é cheio de agonia e Emily passa isso com sua performance.
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Nascida em Los Angeles (Estados Unidos), Emily começou a se interessar por música aos 11 anos. A partir dos 15, passou se dedicar exclusivamente à música, chegou a largar o colégio. Em 2002, fundou a banda Dead Sara. Lançou quatro álbuns, três EPs e uma versão de “Heart-Shaped Box”, do Nirvana.
A releitura fez sucesso e acabou rendendo convite para uma parceria com Courtney Love (cantora e viúva do Kurt Cobain, do Nirvana). Courtney também convidou Emily para cantar no álbum “Nobody’s Daughter”, do Hole. Beck, Demi Lovato e Offspring foram outras parcerias marcantes.
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O nu metal (ou new metal) certamente é um dos subgêneros mais queridos dos roqueiros brasileiros de 30 e poucos anos. Em entrevista ao g1 em 2010, Chester chegou a dizer que o Linkin Park era o que havia restado do estilo surgido no meio dos anos 90 com elementos do rap, eletrônico e do grunge. “Acho que o fato de bandas de rock usarem com acerto elementos do hip hop é o legado mais importante”, disse ele naquela época.
De fato, a consolidação da mistura de rap e rock deve muito ao sucesso do nu metal. Não por acaso, é comum ver astros do trap elogiarem o som de bandas como o Linkin Park.
Mas eles não são os únicos lotando em estádios e ginásios. Neste ano, o Limp Bizkit foi atração com horário nobre no Lollapalooza brasileiro; e o Evanescence se apresentou para fãs empolgadíssimos no dia mais roqueiro do Rock in Rio. Se o Korn, outro nome do nu metal, viesse ao Brasil, certamente teria recepção parecida. Hoje, a nostalgia faz com que atrações antes limitadas a espaços de shows pequenos ou médios tenham cacife para tocar em grandes festivais.
Fonte da Máteria: g1.globo.com