
Fogo se alastrou na quarta-feira e ainda não foi controlado. Uma pessoa morreu. Helicóptero ajuda no combate aos incêndios florestais que atingem no norte do Japão em 28 de fevereiro de 2025.
AFP – STR
Milhares de moradores foram retirados no norte do Japão neste domingo (2), onde incêndios florestais, que começaram na quarta-feira (26), já devastaram uma área de tamanho recorde no país desde 1992.
Uma pessoa morreu nas chamas, que atingiram mais de 80 prédios. Bombeiros ainda tentam combater os incêndios, fenômeno que desafia o país nessa época e que se intensifica com as mudanças climáticas.
Cerca de 2.000 pessoas tiveram que fugir de áreas ao redor da cidade de Ofunato, na região florestal de Iwate, no norte do país, informaram as autoridades japonesas no domingo. Muitos se refugiaram com amigos ou parentes, e mais de 1.200 foram levados para abrigos.
Vista aérea mostra incêndio florestal em uma montanha em Ofunato, Prefeitura de Iwate, no nordeste do Japão.
Kyodo/via REUTERS ATTENTION EDITORS
“Ainda estamos tentando determinar a área afetada, mas é a maior desde 1992”, garantiu um porta-voz das autoridades japonesas, comparando o evento atual com um incêndio que destruiu 1.030 hectares em Kushiro, na ilha de Hokkaido, ao norte, há 33 anos.
Segundo relatos da imprensa local, o fogo já se espalhou por 1.800 hectares. Imagens aéreas da emissora pública NHK mostraram helicópteros militares voando sobre nuvens de fumaça branca, quatro dias após o início das chamas.
A causa do incêndio ainda é desconhecida.
Bombeiros trabalham para extinguir o fogo, na cidade de Ofunato.
Fire and Disaster Management Agency/Handout via REUTERS
Época de incêndios
De acordo com dados do governo japonês, o número de incêndios florestais diminuiu, após ter atingido o pico na década de 1970. Porém, o país ainda registrou cerca de 1.300 em 2023, concentrados no período de fevereiro a abril, quando o ar seco e os ventos aumentam.
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Japão, de acordo com a agência meteorológica nacional (JMA), em meio ao aumento de eventos extremos ao redor do mundo devido às mudanças climáticas.
Fonte da Máteria: g1.globo.com