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Como são selecionados os causos de 'Que história é essa, Porchat?'


Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26). Como são selecionados os causos de ‘Que história é essa, Porchat?’
Já são mais de mil causos contados durante os seis anos do programa “Que história é essa, Porchat?”.
E para levar esse tanto de história para o público, Fábio Porchat entrega não só seu lado apresentador, mas também seu lado ator.
Isso porque, ao comandar o programa, Porchat precisa conduzir, mas também “fingir” que nunca ouviu aquela história, se surpreendendo junto com o público.
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens que respondem 10 coisas que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26).
Só que, antes de chegar ao público, Porchat já ouviu a história ao menos uma vez para passar pela seleção e aprovação do time que faz parte do programa.
“Uma das coisas é que eu tenho que fazer com que o público ache que eu estou ouvindo aquela história pela primeira vez. De alguma forma eu estou, porque a pessoa nunca me contou daquele jeito a história. Ela nunca me contou com aquele grau de detalhe, volta e meia tem uma surpresinha ou outra ali no meio”, explica o apresentador ao g1.
“Mas é uma coisa um pouco esquizofrênica, porque eu anuncio a história que vai ser antes, então o público sabe que eu sei, mas eu me surpreendo com a história no meio, então o público acha que eu não sei. E eu converso com a pessoa como se eu não estivesse sabendo a história, mas ajudo ela a contar a história que eu já sei. Então é confuso mesmo. Mas a ideia é que seja a primeira vez para todo mundo.”
O passo a passo
Fábio Porchat
Globo/Ju Coutinho
“Que história é essa, Porchat?” conta com duas pessoas no roteiro, quatro na pesquisa e três na produção de elenco.
O time tem alguns caminhos para chegar ao causo final:
Quando Porchat conhece o convidado que eles têm interesse em levar ao programa, ele mesmo envia uma mensagem para a pessoa
Caso o apresentador não conheça o convidado, a produção entra em contato
Além disso, assessores também entram em contato para dizer que seus artistas estão interessados em participar do programa
Em todos os casos, Porchat ou a produção pedem para que o convidado envie algumas histórias por áudio para ver qual renderia melhor no programa.
Com os causos em mãos, Porchat e Paula Miller, roteirista final do programa, se juntam para analisar qual história funciona ou não, analisar se já foi contada em algum momento por outras pessoas e pensar se ela é realmente boa.
Enquanto ouve a história, Porchat já analisa também se passou por situações semelhantes que gerem link para interação.
Por vezes, eles nem acham a história tão interessante assim para segurar um programa, mas sabem que alguns convidados são ótimos contadores de histórias, então apostam na ideia.
“Por exemplo, a Ivete Sangalo, que é uma das melhores contadoras de história que a gente tem. Quando foi no programa especial dela, eu falei com ela antes e ela, muito simpática, falou: ‘Ah, eu confundi o nome da mãe de Lexa’.”
“Poxa, mas essa história tem 30 segundos, não tem a menor graça”. Aí ela falou: ‘deixa comigo’. E na hora, ela contou a história super bem.”
“Tem algumas pessoas que eu já sei que são boas. Então eu consigo garantir que a pessoa pegue uma história que talvez na teoria possa não ser boa e acabe sendo muito boa. A história da mãe de Lexa foi maravilhosa.”
Fábio Porchat com Ivete Sangalo
Globo/ Juliana Coutinho
Histórias da plateia
Além das histórias contadas por convidados famosos, o “Que história é essa, Porchat?” também conta com causos de anônimos na plateia.
Para a seleção destas, o processo é bem semelhante ao das celebridades convidadas. Só que em vez de áudio, a produção pede a história em vídeo. Assim podem entender melhor a forma como a pessoa conta.
“Porque assim… às vezes a história é boa, mas a pessoa conta de um jeito tão devagar que é muito ruim. Ou a pessoa é ótima, mas a história é meio bobinha. Então, a gente tem que analisar isso, botar na balança e ver o que que dá, o que que funciona”, explica Porchat.
O apresentador diz que, como o programa já está bem estabelecido, recebe muitas histórias. Além disso, também as buscas nas redes sociais e encontra algumas nas ruas por onde anda.
“Eu acho isso muito legal, porque o programa tomou essa proporção positiva”, celebra o apresentador, que estreou a sétima temporada da atração em 18 de março.
“Que história é essa, Porchat?”
Globo/ Juliana Coutinho

Fonte da Máteria: g1.globo.com