Cantora participou de evento em Houston, que é a cidade natal dela, na noite desta sexta-feira (25). Beyoncé defendeu liberdade e direitos para as mulheres. Beyoncé participa de campanha de Kamala Harris, no Texas, em 25 de outubro de 2024
REUTERS/Kevin Lamarque
A cantora Beyoncé participou do comício da candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, na noite desta sexta-feira (25). O evento aconteceu em Houston, no Texas, que é a cidade natal da artista norte-americana.
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A menos de duas semanas da eleição, os democratas têm atraído celebridades para eventos de Kamala Harris. A presença de Beyoncé era uma das mais esperadas. Kamala tem usado uma música da cantora, chamada “Freedom”, na campanha.
Em um discurso de pouco menos de 5 minutos, Beyoncé pediu para que as mulheres imaginassem um país onde tivessem liberdade para tomar suas próprias decisões. A fala também marca o apoio oficial dela à campanha de Kamala.
“Não estou aqui como uma celebridade, não estou aqui como uma política. Estou aqui como mãe que se preocupa com o mundo em que meus filhos vivem. Imagine um mundo onde temos liberdade para controlar nosso corpo”, disse.
Um dos principais pontos da campanha democrata e do comício desta sexta-feira é o direito reprodutivo das mulheres. Kamala promete restaurar o direito ao aborto em todo o país, se for eleita.
A candidata subiu ao palco do comício após ser anunciada por Beyoncé como “a próxima presidente dos Estados Unidos”. Kamala começou seu discurso defendendo liberdade para as mulheres. Ela lembrou que o Texas tem uma das leis mais rígidas do país contra o aborto.
Pouco tempo depois, ela foi interrompida por apoiadores que vaiaram um homem que estava na plateia. Segundo a Associated Press, ele foi escoltado para fora do ginásio onde acontecia o comício.
“Sabe de uma coisa, a beleza da nossa campanha é que estamos lutando pela democracia”, disse ela.
Kamala retomou o raciocínio sobre os direitos reprodutivos afirmando que Donald Trump havia sido responsável pela revogação da lei que garantia o direito ao aborto nos Estados Unidos.
O Texas é um estado que tem forte influência republicana. Kamala deve perder a eleição no território. No entanto, o objetivo da campanha democrata com o comício no estado é estimular que mulheres de outras regiões do país votem.
Apenas no “X”, a transmissão do comício atingiu um pico de 2,1 milhões de espectadores simultâneos.
Assunto delicado
O aborto e os direitos reprodutivos das mulheres são pautas delicadas para os republicanos. Enquanto Kamala defende uma lei nacional, Trump quer deixar a responsabilidade para os estados.
Donald Trump já demonstrou várias vezes ter orgulho de ter nomeado juízes conservadores para a Suprema Corte. Essas nomeações ajudaram a derrubar a lei “Roe contra Wade”, que garantia o direito ao aborto nos Estados Unidos desde os anos 1970.
No entanto, desde que a lei foi derrubada no país, o apoio ao aborto legal cresceu nos Estados Unidos. Além disso, a medida gerou legislações diferentes em cada um dos estados, que possuem autonomia para decidir sobre o tema.
Diante deste cenário, mulheres grávidas que vivem em estados onde o aborto é proibido têm viajado para outras regiões onde conseguem realizar o procedimento legalmente e em segurança.
Os republicanos defendem que o debate sobre o aborto continue no âmbito estadual. Eles argumentam que centros “pró-vida” precisam ser criados, com o objetivo de dar assistência a mulheres que querem ter filhos.
Trump afirmou que vetaria uma proibição federal ao aborto. Em junho, ele também disse que não vai banir o acesso a medicamentos abortivos, caso seja eleito.
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Fonte da Máteria: g1.globo.com
