Pesquisar
Close this search box.
Notícias

China realiza manobras militares ao redor de Taiwan como 'aviso' a separatistas


Exército chinês comunicou que o exercício foi uma ação conjunta com a Marinha e Força de Foguetes. China tem pressionado Taiwan a não tentar um movimento de independência. China realiza manobras militares ao redor de Taiwan
A China anunciou que conduziu manobras militares ao redor de Taiwan na manhã desta terça-feira (1º), pelo horário local — noite desta segunda (31), no horário de Brasília. Segundo os militares chineses, os exercícios serviram como forma de “aviso” aos separatistas.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Para a China, Taiwan é uma província rebelde que ainda faz parte de seu território. Já para o governo taiwanês, a ilha é um Estado independente, com sua própria Constituição e, por décadas, se considerou o legítimo governo da China no exílio. Veja o histórico mais abaixo.
O exercício foi uma ação conjunta com a Marinha e a Força de Foguetes. Nos últimos anos, a China tem feito uma série de manobras na região para pressionar a ilha a evitar um movimento de independência.
“O foco está em exercícios como patrulhas de prontidão para combate no mar e no ar, obtenção de controle abrangente, ataques contra alvos marítimos e terrestres e imposição de bloqueios em áreas e rotas-chave”, anunciaram os militares.
O Exército também publicou um pôster acompanhando os exercícios, intitulado “Fechando o Cerco”. A imagem mostra navios de guerra e caças chineses cercando Taiwan.
Além disso, em um comunicado, o Exército da China chamou o presidente de Taiwan, Lai Ching-Te, de “parasita”. Ele também foi representado em uma animação como um inseto segurado por hashis sob a ilha em chamas.
“O parasita envenena a ilha de Taiwan. O parasita esvazia a ilha. O parasita busca a destruição final”, diz a animação.
O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que mandou aviões militares e navios, além de ter ativado sistemas de mísseis, para monitorar e responder às ações chinesas. Ainda segundo o país, mais de 10 navios militares chineses se aproximaram da zona contígua de 24 milhas náuticas (44,4 km).
Até o momento, Taiwan não detectou nenhum disparo real por parte do exército chinês, afirmou um dos funcionários
O governo taiwanês declarou ainda que os exercícios militares da China representam uma escalada na ameaça militar e um desafio à ordem internacional. Além disso, o presidente, Lai Ching-te, condenou fortemente os exercícios militares, afirmando que Pequim é amplamente reconhecida pela comunidade internacional como um “criador de problemas”.
“Taiwan tem confiança e capacidade para defender a soberania nacional e proteger a segurança do povo”, disse o comunicado.
Helicóptero de guerra chinês durante exercícios militares perto de Taiwan, em 9 de agosto de 2022
Forças Armadas da China/Via Reuters
LEIA TAMBÉM
Em caso de ataque, Irã diz que ‘não terá outra opção’ a não ser obter arma nuclear
ONU acusa Israel de atirar em ambulâncias e matar 15 profissionais de saúde em Gaza; corpos estavam em vala comum
Dois meses após acidente com 67 mortos, aviões quase colidem no ar na região do Aeroporto de Washington
Histórico
Em Taiwan, manifestantes seguram cartazes que dizem ‘não à China’ em protestos neste domingo (29) em Taipei.
Chiang Ying-ying/AP
A disputa entre China e Taiwan tem raízes na queda da dinastia imperial chinesa e na fundação da República da China, em 1912. O país mergulhou em guerra civil entre nacionalistas do Kuomintang (KMT) e comunistas liderados por Mao Tsé-Tung.
Após a Segunda Guerra Mundial, os conflitos entre os dois grupos se intensificaram, culminando na vitória comunista em 1949 e na fundação da República Popular da China. Os derrotados do KMT fugiram para Taiwan fundando sua “própria China”.
A partir de então, passaram a existir duas Chinas: a República Popular da China, governada pelos comunistas em Pequim, e a República da China, sob liderança nacionalista em Taipé, onde o KMT estabeleceu seu governo provisório.
Durante décadas, Taiwan foi governada pelo KMT sob lei marcial, até a transição para a democracia nos anos 1980. Hoje, a ilha tem governo próprio, eleições livres e forças armadas, mas não é reconhecida como Estado soberano pela maioria dos países.
O “Consenso de 1992” estabelece que há apenas uma China, mas cada lado interpreta esse conceito de forma diferente. Enquanto o KTM acredita que Taiwan é esse único território, o governo chinês acredita que a ilha precisa ser reintegrada ao continente.
A crescente pressão militar e diplomática da China sobre Taiwan aumentou os temores de um conflito. Pequim não descarta uma ação militar, especialmente se o status político da ilha mudar.
Nos últimos anos, a tensão entre China e Taiwan aumentou. A aproximação da ilha com os Estados Unidos durante o governo de Joe Biden fez com que o Exército Chinês fizesse vários exercícios militares como forma de alerta.
VÍDEOS: mais assistidos do g1

Fonte da Máteria: g1.globo.com