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Dinheiro ou cartão? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?


Para tomar a melhor decisão é preciso levar em consideração os objetivos de cada viajante. Conheça algumas das alternativas disponíveis no mercado. Cédulas de dólar
Divulgação
Comprar dólar agora ou esperar? Quem tem viagem marcada para fora do país se depara com essa questão inúmeras vezes antes de pisar no avião.
Para definir qual a melhor forma de comprar dólar para uma viagem, é preciso levar em consideração os objetivos. Mas, hoje, a evolução do sistema financeiro e a tecnologia são grandes aliadas do viajante.
Além das casas de câmbio tradicionais, os cartões de crédito de boa parte dos bancos brasileiros estão disponíveis para compras no exterior com bastante comodidade, além de permitir saques em espécie. É preciso fazer as contas, porém, das taxas que vão incidir nas transações.
Mais recentemente houve uma enorme expansão das contas globais. São empresas financeiras que oferecem carteiras digitais e cartões em moedas de vários países, e que aparecem como alternativas mais práticas e até mesmo com tarifas mais baratas.
Por fim, para quem ainda prefere, há os cartões pré-pagos, em que o viajante carrega um cartão de débito antes da viagem.
Conheça algumas das alternativas disponíveis no mercado:
Casas de câmbio e conversão nos bancos
Quem quer comprar dólar em espécie pode recorrer às tradicionais casas de câmbio ou bancos. O inconveniente é ter que carregar o dinheiro, com o risco de perdê-lo ou de ser roubado.
Há ainda outras observações a fazer:
Vale a pena pesquisar, porque as taxas podem variar bastante.
O viajante também pode ter de pagar comissão ou taxas administrativas.
A alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), no entanto, é sempre a mesma: 1,1%.
▶️ ATENÇÃO: ao perguntar o “preço do dólar” em uma casa de câmbio e em um banco, a tendência é que custe menos no banco. Porém, ao somar a taxa de transação bancária – cobrada pelos bancos –, o valor final acaba ficando mais alto que o da corretora de câmbio.
A regra básica é dividir o valor da taxa pela diferença de preços entre corretora e banco.
Para localizar uma instituição autorizada, o aplicativo Câmbio Legal (para tablets e smartphones com sistema Android ou iOS), desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, ajuda a encontrar os pontos de câmbio em todo o país, utilizando informações fornecidas pelas instituições autorizadas a operar em câmbio.
Por meio do app, também é possível consultar o Valor Efetivo Total (VET) cobrado em cada operação.
O Banco Central alerta para que não se utilize do mercado paralelo, que oferece riscos. Nesse caso, não há garantia de que a moeda estrangeira comprada seja autêntica e que, como não há recibo de compra para apresentação às autoridades de forma a comprovar a legalidade da posse e a origem da moeda estrangeira, o valor pode ser apreendido.
Ainda de acordo com o BC, ao utilizar o mercado paralelo de câmbio, há a possibilidade de misturar o dinheiro com recursos provenientes de tráfico de drogas, de armas e de outras atividades ilícitas.
Contas globais
A grande novidade dos últimos anos para viajantes é a conta global. São instituições financeiras que permitem a criação de uma carteira digital que funcione em vários países.
Nessa modalidade, o cliente da conta global pode fazer recargas e as conversões de moeda por meio de um app no celular, a qualquer momento. Também é possível fazer saques em caixas eletrônicos no país de destino, caso seja necessário, com uma taxa cobrada pela conveniência.
O cliente também pode pedir um cartão físico para transações diretas em lojas e restaurantes, além de poder realizar as compras por aproximação do celular. Isso traz comodidade de não carregar o papel moeda durante a viagem e não obriga o viajante a fazer todo o câmbio de moeda de uma só vez.
Isso também evita o custo de encargos tributários existentes na utilização de cartão de crédito no exterior e de cartões pré-pagos em moeda internacional. Alguns exemplos de empresas de conta global são Wise, C6, Nomad, Avenue e BS2.
Cartões tradicionais
Quem prefere concentrar os gastos maiores nas viagens em cartões pode lançar mão do crédito convencional de bancos ou pedir um cartão de débito pré-pago (conhecidos como “travel money”). As duas modalidades têm alíquotas maiores de IOF: 4,38%.
Apesar de serem uma boa opção para quem não quer carregar o dinheiro em espécie, ou para quem junta milhas ou possui um bom programa de vantagens oferecido pelo banco, costumam ser opções mais caras por conta da tarifa maior.
Nos cartões de crédito, vale sempre o câmbio do dia em que a compra foi feita. Muitos bancos têm permitido também a realização de saques, mediante pagamento de tarifas extras.
No caso dos cartões pré-pagos, o turista deposita um valor em reais que é convertido para o dólar de acordo com o spread e a taxa de câmbio praticada pela instituição. O recolhimento do IOF é feito automaticamente pelo banco ou corretora.
Com ele, é possível realizar saques em caixas eletrônicos de onde estiver, ou utilizá-lo com a função de débito. Em caso de perda ou roubo, é só pedir o bloqueio.
Com a disseminação das contas globais, o travel money perdeu espaço e atratividade no mercado.
Por que o dólar turismo é mais caro que o comercial?
Educação Financeira: Por que o dólar turismo é mais caro que o comercial?
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é mais alto, do dólar turismo.
O preço pago pelo dólar considera custos administrativos e financeiros. Um dos motivos para ser mais caro é que as pessoas físicas compram volumes menores que as empresas e outros bancos, então, os custos administrativos, proporcionalmente, são maiores nessas operações.
Mas há ainda as taxas de transação das corretoras, além do próprio lucro da casa de câmbio. O turista comprar dólar comercial é proibido pelo Banco Central.

Fonte da Máteria: g1.globo.com