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Dólar sobe e fecha a R$ 5,28, maior patamar em mais de um ano; Ibovespa cai


Moeda norte-americana avançou 0,98%, cotada a R$ 5,2850. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira recuou 0,19%, aos 121.802 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (4), à medida que investidores monitoraram uma série de indicadores locais e internacionais. Com o resultado, a moeda norte-americana atingiu o maior patamar em mais de um ano. (veja mais abaixo)
No Brasil, as atenções foram para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, publicado nesta terça-feira (4). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) houve uma alta de 0,8% na atividade em relação aos três meses anteriores.
Já no exterior, o foco ficou mais uma vez com a política monetária de países desenvolvidos, com investidores de olho na divulgação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano e na decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), previsto para quinta-feira (6).
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
O dólar avançou 0,98%, cotado em R$ 5,2850. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,2961. Veja mais cotações.
Com o resultado, a moeda norte-americana atingiu seu maior nível desde 23 de março de 2023, quando fechou a R$ 5,2884.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,68% na semana e no mês;
ganho de 8,91% no ano.
Na segunda-feira (3), a moeda norte-americana caiu 0,30%, cotada a R$ 5,2335.

Ibovespa
O Ibovespa recuou 0,19%, aos 121.802 pontos.
Com o resultado, acumulou quedas de:
0,24% na semana e no mês;
9,23% no ano.
Na segunda-feira, o índice encerrou em queda de 0,05%, aos 122.032 pontos.
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O principal destaque desta terça-feira (4) ficou com o PIB do país, que subiu 0,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação aos três meses anteriores. Na relação anual, a alta foi de 2,5%. O movimento veio puxado principalmente pelo setor de serviços, que teve alta de 1,4% no período.
A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda, de 0,1%.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, “neste trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”.
Em contrapartida, Palis explica que houve uma mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia nos primeiros meses do ano em relação ao que foi observado nos anos anteriores.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE destaca que, com as importações (6,5%) bem maiores que as exportações (0,2%), o setor externo está, na verdade, puxando o PIB para baixo.
Isso porque, com um dólar mais barato, ficou mais fácil importar, principalmente com os investimentos em bens de capital, enquanto a demanda pelas principais commodities exportadas pelo Brasil tem sido mais baixo em nível global.
Na agenda, dados da indústria e da balança comercial brasileira também ficam no radar nesta semana.
Já no exterior, a política monetária das economias desenvolvidas toma a frente dos negócios mais uma vez.
Nos Estados Unidos, o mercado segue atento a novos dados do mercado de trabalho, em busca de novos sinais sobre o futuro dos juros na maior economia do mundo.
Na semana passada, além da divulgação do índice de preços PCE — medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) —, que subiu 2,7%, o mercado também repercutiu o crescimento de 1,3% do PIB dos EUA no primeiro trimestre, abaixo das expectativas do mercado, de alta de 1,6%.
Esses números mais controlados fazem com que o mercado volte a acreditar que o Fed, pode iniciar o seu ciclo de cortes nos juros ainda em setembro.
Ainda nos EUA, o índice ISM industrial caiu para 48,7% em maio, indicando contração da atividade manufatureira na maior economia do mundo, com produção estável, mas demanda fraca.
Além disso, investidores também seguem em compasso de espera pela nova decisão de política monetária do BCE, prevista para quinta-feira (6). A estimativa é que a instituição dê início ao ciclo de corte de juros na região. Já na China, os dados da balança comercial de maio devem ser divulgados na sexta-feira (7).

Fonte da Máteria: g1.globo.com