Pesquisar
Close this search box.
Notícias

EUA podem aumentar seu arsenal nuclear, diz diretor do Conselho Nacional de Segurança


Pranay Vaddi afirmou que EUA precisam adotar ‘uma abordagem mais competitiva’ de controle de armas com o propósito de pressionar os governos da Rússia e da China a negociar acordos para limitar os arsenais de nucleares. Fat Man, a bomba nuclear que os EUA usaram em Nagasaki, em 1945
Reprodução/U.S. Department of Defense
Os Estados Unidos podem aumentar o seu arsenal de armas nucleares nos próximos anos para lidar com as ameaças da Rússia, China e outros adversários, disse Pranay Vaddi, diretor do Conselho Nacional de Segurança dos EUA responsável pelo controle de armas, nesta sexta-feira (7).
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Atualmente, os EUA têm um limite de 1.550 ogivas nucleares estratégicas, um número determinado em um acordo que o país firmou com a Rússia em 2010 (Moscou, no entanto, suspendeu sua participação neste tratado devido ao apoio dos EUA à Ucrânia na guerra; o governo americano afirmou que os russos agiram de forma “legalmente inválida”).
Se os EUA aumentarem o arsenal, vão mudar uma política para armas nucleares que já tem décadas, que é a de controlar a quantidade dessas armas, de acordo com o “New York Times”.
Vaddi fez um discurso na Associação de Controle de Armas no qual afirmou que, nos próximos anos, os americanos precisarão aumentar o número de armas nucleares, caso os adversários não mudarem “seus arsenais”.
“Precisamos estar plenamente preparados para executar isso se o presidente tomar essa decisão. Se o dia chegar, isso vai resultar na determinação de que mais armas nucleares são necessárias para dissuadir nossos adversários e proteger o povo americano, nossos aliados e nossos parceiros”, afirmou.
Segundo Vaddi, os EUA precisam adotar “uma abordagem mais competitiva” de controle de armas com o propósito de pressionar os governos da Rússia e da China a negociar acordos para limitar os arsenais nucleares.
“Nós não teremos escolha, a não ser ajustar a nossa postura e nossas capacidades (nucleares) para preservar o nosso poder para dissuadir (os adversários)”, afirmou ele.
O governo está tomando “passos prudentes” com esse propósito, que incluem a modernização do arsenal, ele afirmou.
Vaddi afirmou que a doutrina nuclear dos EUA determina que as armas nucleares só devem ser usadas para impedir ataques de adversários contra os americanos ou os parceiros.
Rússia, China, Coreia do Norte e Irã
O governo dos EUA ainda respeita os regimes internacionais de controle de armas, disse Vaddi. No entanto, ele afirmou que Rússia, China e Coreia do Norte “estão todos expandindo e diversificando seus arsenais nucleares a um ritmo acelerado, mostrando pouco ou nenhum interesse no controle de armas”.
Os três países, juntamente com o Irã, “estão cada vez mais cooperando e coordenando entre si de maneiras que contrariam a paz e a estabilidade, ameaçam os EUA, nossos aliados e parceiros e aumentam as tensões regionais,” disse ele.
Vaddi citou como exemplo o uso de drones iranianos e artilharia e mísseis norte-coreanos por Moscou na Ucrânia, além do apoio chinês às indústrias de defesa da Rússia.
LEIA TAMBÉM
Temos mais armas nucleares que a Europa inteira, diz Putin
Vladimir Putin diz que países do Ocidente erram ao achar que a Rússia nunca usaria armas nucleares
Irã tem material suficiente para várias bombas atômicas, segundo agência nuclear
Putin disse que pode colocar mísseis perto dos EUA
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na quarta-feira que ele pode posicionar mísseis convencionais a uma distância mais próxima dos EUA e de seus aliados na Europa, caso os americanos permitam que as forças ucranianas ataquem o território russo com armas de longo alcance.
Na sexta-feira, Putin disse que a Rússia não precisa usar armas nucleares para garantir uma vitória na Ucrânia.
Veja abaixo um vídeo de 2019sobre o
Rússia e EUA têm 90% do arsenal nuclear do mundo

Fonte da Máteria: g1.globo.com