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Fiat Strada lidera vendas de carros zero km no Brasil e Onix despenca em fevereiro; veja a lista


Picape é a líder nacional de emplacamentos desde 2021, segundo a Fenabrave. Strada segue na frente, com VW Polo na segunda posição com vendas quase 40% menores. Fiat Strada
divulgação/Fiat
Em fevereiro, a Fiat Strada continua ocupando a posição de veículo novo mais vendido do Brasil, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta sexta-feira (7).
A liderança da Fiat Strada começou em 2021 e não parou até hoje. No acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, foram emplacadas 19.043 unidades da picape.
Veja a lista de mais vendidos até o fevereiro.
Fiat Strada: 10.043 unidades;
Volkswagen Polo: 13.761 unidades;
Volkswagen T-Cross: 11.867 unidades;
Fiat Argo: 11.480 unidades;
Chevrolet Onix: 10.290 unidades;
Hyundai Creta: 10.111 unidades;
Fiat Mobi: 9.573 unidades;
Chevrolet Tracker: 9.451 unidades;
Honda HR-V: 9.065 unidades;
Jeep Compass: 8.739 unidades.
No total, os brasileiros já compraram 356.179 veículos novos em 2025, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários.
Isso representa uma alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram emplacados 326.758 veículos novos.
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Resultados de fevereiro
Em fevereiro, o país emplacou 173.837 veículos novos. Trata-se de um crescimento de 8,75% em relação ao mês de janeiro, quando foram registradas 159.854 unidades.
“O resultado foi bastante positivo para quase todos os segmentos. O mês de fevereiro teve seu quinto melhor desempenho na história, com grande crescimento sobre 2024, lembrando que, no ano passado, o Carnaval foi comemorado em fevereiro, o que afetou o número de dias úteis (19 dias) e, consequentemente, o volume de emplacamentos”, disse Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Veja a lista de mais vendidos de fevereiro de 2025:
Fiat Strada: 10.266 unidades;
Volkswagen Polo: 7.961 unidades;
Volkswagen T-Cross: 6.555 unidades;
Fiat Argo: 6.307 unidades;
Fiat Mobi: 5.549 unidades;
Toyota Corolla Cross: 5.351 unidades;
Hyundai Creta: 4.962 unidades;
Renault Kwid: 4.908 unidades;
Honda HR-V: 4.792 unidades;
Chevrolet Onix: 4.715 unidades.
Fiat Strada segue na liderança do mercado brasileiro
Divulgação | Fiat
Comparado a janeiro de 2025, o Chevrolet Onix despencou da segunda para a 9ª posição, com apenas 4.715 unidades vendidas. O número representa uma queda de 18,26% nas vendas.
Quem surpreendeu foi o Volkswagen T-Cross, que foi o SUV mais vendido do mês, emplacando 6.555 unidades. O T-Cross, que foi o líder de vendas em 2024, ficou na 4ª posição no ranking geral e na 1ª posição no segmento.
Encerrando o mês com 173.837 emplacamentos, o total de veículos vendidos foi 18.581 unidades a mais que em fevereiro de 2024, um crescimento de 11,97%. Confira o gráfico:

Liderança da Strada
A Strada lidera o ranking de carros e comerciais leves mais vendidos do país desde 2021, quando ultrapassou o Chevrolet Onix. O hatch da GM foi o mais vendido por seis anos, entre 2015 e 2020.
Em 2024, o Onix terminou em terceiro lugar. Foram 97.508 unidades, bem abaixo do topo da lista.
O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 140.187 unidades e foi o grande rival da Strada durante todo o ano.
O balanço final de emplacamentos foi divulgado oficialmente nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave. Ao todo, foram mais de 2,4 milhões de veículos novos vendidos no ano passado, melhor resultado em cinco anos. (saiba mais abaixo)
Os 10 veículos mais vendidos do Brasil em 2024
Os emplacamentos em 2024
Em 2024, os brasileiros compraram 2.634.514 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Esse foi o melhor resultado em cinco anos, quando o país registrou 2,7 milhões de veículos zero km. O número também representa uma alta de 14,15% em relação a 2023, quando foram emplacados 2,3 milhões de veículos novos.
Veja abaixo o histórico dos últimos anos.

Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, o setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos.
“Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro, sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano”, disse o executivo.
Para os próximos 12 meses, o executivo foi conservador ao renovar as projeções, dizendo que itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor.
“Estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, explicou.
A projeção da Fenabrave é de um crescimento de 5% para 2025, alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional.
Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável por projetar o cenário macroeconômico da Fenabrave, o governo de Donald Trump como presidente dos EUA é o maior ponto de apreensão.
“Com o cenário internacional mais volátil com a possível elevação dos juros nos Estados Unidos, o crescimento mundial será menor, inclusive o nosso”, comenta Tereza Fernandez.
A economista também aponta as altas taxas alfandegárias previstas para importações dos Estados Unidos como desafio para 2025.
Olhando para o cenário nacional, Tereza acredita que a queda nas vendas prevista para 2025 está vinculada ao crédito mais caro, como consequência da alta nos juros.
“A gente vem de um movimento positivo na venda de carros e comerciais leves. Não espero queda brusca do crédito em 2025, ele vai desacelerar de forma suave”, diz.
“A inadimplência deve continuar baixa e a legislação [Marco Legal de Garantias], que facilitou tomar o bem em caso de não pagamento, podem segurar a baixa prevista das vendas na taxa prevista”, comenta Tereza.
“A alta dos juros deve desacelerar até o final de 2025, o câmbio ficar na casa dos R$ 6 e, com isso, temos um cenário preocupante, mas não de ruptura. A maior preocupação está no cenário fiscal, salvo algum desastre ocorra”, complementa.

Fonte da Máteria: g1.globo.com