Ministro estima que a reforma trará mais 0,5 ponto percentual de crescimento para a economia todos os anos, e o programa para empreendedores deve seguir a mesma linha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil vai crescer mais 0,5 ponto percentual a cada ano com a implementação da reforma tributária.
“Se fosse crescer 3%, vai ser 3,5% e assim por diante”, explicou.
Haddad afirmou, também, que, para além do crescimento que a reforma deve trazer, o Acredita também deve garantir mais “algum ponto percentual” para o PIB todos os anos, porque os empreendedores beneficiados contribuirão para o avanço da economia.
O ministro participou nesta manhã do evento “Acredite no Seu Negócio”, em São Paulo. A ação conjunta dos ministérios serviu para reforçar as opções para empreendedores do programa Acredita, de renegociação e microcrédito para empreendedores. (saiba mais abaixo)
“As pessoas precisam de crédito barato, porque esse é o caminho da emancipação”, destacou o ministro.
Para Haddad, os efeitos do programa Acredita farão a diferença no longo prazo, assim como outras medidas dos primeiros governos do presidente Lula.
“As pessoas se perguntam sobre o porquê de o PIB do Brasil estar crescendo mais de 3%, mas uma série de coisas que foram feitas tem reflexos só no longo prazo. Falava-se em apagão de mão-de-obra no Brasil, mas hoje temos milhões de pessoas nas universidades. Falava-se em apagão de infraestrutura, […] mas não se fala mais nisso”, disse o ministro.
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Haddad também explicou como vai funcionar a linha de crédito para os empreendedores que foram comprovadamente afetadas pelo apagão em São Paulo, que aconteceu depois dos temporais da última semana.
Serão destinados R$ 150 milhões, e o dinheiro virá do Fundo Garantidor de Operações (FGO). A medida será válida a partir da próxima segunda-feira (21).
“Estamos reservando só R$ 150 milhões desse recurso que está disponível para liberar uma linha de crédito pelo Pronampe pelas pessoas (empreendedores) que foram comprovadamente afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo”, disse Haddad.
O ministro também afirmou que as empresas que estão dentro da área afetada em São Paulo que já devem para o Pronampe terão uma prorrogação de dois meses para o pagamento das dívidas, sem a necessidade de comprovar que teve prejuízos com os apagões.
“Essa linha de crédito é para a atividade econômica”, disse o ministro, explicando que para as pessoas físicas que tiveram algum dano em bens por conta do apagão devem recorrer à concessionário de energia elétrica para repor os prejuízos.
Programa Acredita
O governo federal diz que a proposta do evento é impulsionar mecanismos de estímulo aos pequenos negócios, presentes em eixos do programa Acredita, “conjunto de iniciativas desenhado para reestruturar o mercado de crédito no Brasil, estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico”.
O Acredita reúne as medidas que abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), chamado “Acredita no Primeiro Passo”, e uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil, chamada de ProdCred 360.
Por fim, o governo também voltou a divulgar as bases do “Desenrola” dos pequenos negócios, com foco em dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões.
Veja mais detalhes na entrevista do ministro Márcio França ao g1.
Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita
Fonte da Máteria: g1.globo.com