No Conselho de Segurança da ONU, embaixador iraniano afirmou que o país tem o direito de responder ataque israelense ‘no momento que escolher’. Irã diz que bombardeio de sábado (26) partiu de bases no Iraque com o apoio dos EUA. Enviado do Irã na ONU discursa no Conselho de Segurança, em 28 de outubro de 2024
ONU
O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid, disse nesta segunda-feira (28) que o país irá responder ao ataque de Israel “no momento que escolher”. Em tom de ameaça, o iraniano afirmou que os Estados Unidos são cúmplices e “arcarão com as consequências”.
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Israel lançou três ondas de ataques aéreos contra o Irã na madrugada de sábado (26), pelo horário local — noite de sexta-feira (25), no Brasil. Várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conduziram um “ataque preciso e direcionado” contra estruturas militares. Entre os alvos estava uma fábrica de mísseis do Irã.
Saeid afirmou no Conselho de Segurança da ONU que Israel lançou o ataque de bases no Iraque, com o apoio dos Estados Unidos. Segundo ele, a maior parte dos mísseis disparados pelos israelenses foi interceptada.
“Os Estados Unidos justificam as violações e atrocidades de Israel, chamando-as de autodefesa”, disse. “O governo dos Estados Unidos é cúmplice na agressão israelense e vai arcar com as consequências.”
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o Irã pode sofrer graves consequências se atacar Israel. A diplomata disse que os norte-americanos não hesitarão em agir em legítima defesa.
Mais cedo, nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã garantiu que o país vai usar todas as ferramentas disponíveis para responder o ataque israelense.
Além disso, o governo iraniano minimizou a operação militar de Israel, afirmando que o bombardeio causou “danos limitados”.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou no domingo (27) que os oficiais iranianos devem determinar a melhor forma de demonstrar o poder do Irã.
Enquanto isso, a Casa Branca diz que foi avisada sobre a ação israelense pouco antes de ela ser lançada. Os governos de Israel e Estados Unidos estavam trabalhando em conjunto para definir como seria a operação contra o Irã.
Israel, por exemplo, seguiu uma recomendação das autoridades norte-americanas para evitar alvos nucleares e de produção de petróleo.
Logo após o ataque, os Estados Unidos negaram envolvimento direto no bombardeio e disseram que a ação de Israel era um “exercício de autodefesa”.
Israel afirma que o ataque foi uma resposta às agressões do Irã. O país diz ainda que agiu de forma proporcional, focando apenas em alvos militares.
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Ação de Israel
Sistema de defesa aérea do Irã em funcionamento durante ataques de Israel
Em um comunicado, Israel afirmou que está sendo atacado pelo Irã desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense. Naquele dia, centenas de pessoas foram mortas e mais de 200 foram sequestradas. O Hamas e o Irã são aliados.
Além disso, no dia 1º de outubro deste ano, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel. O ataque foi uma retaliação a mortes de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, que era chefe do grupo extremista Hezbollah.
Ao anunciar que estava atacando o Irã no sábado, Israel disse que estava exercendo o direito de se defender.
“Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas”, afirmaram os militares israelenses.
“Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel.”
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Fonte da Máteria: g1.globo.com