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Israel anuncia operação militar na costa sul do Líbano e declara novas zonas militares na fronteira


Operação na parte costeira da fronteira marca expansão da incursão terrestre que o Exército israelense realiza contra alvos do Hezbollah no sul Líbano desde semana passada. Grande nuvem de fumaça após bombardeio de Israel em Tiro, sul do Líbano
REUTERS/Aziz Taher
O Exército de Israel anunciou nesta segunda-feira (7) que lançará uma operação militar na costa sul do Líbano –para complementar a incursão terrestre contra alvos do Hezbollah que já realizava em outras regiões da fronteira– e disse para moradores da região ficarem longe das praias.
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As Forças de Defesa de Israel também isolaram novas áreas ao norte, na fronteira com o Líbano. As cidades de Rosh HaNikra, Shlomi, Hanita e Arab al-Aramshe, perto da costa, foram transformadas em “zonas militares fechadas”. A faixa da fronteira fechada tem cerca de 14 km de extensão.
O porta-voz árabe do Exército israelense também emitiu um alerta urgente para que as pessoas evitem estar presentes na praia ou em barcos na costa do Líbano, do rio Awali em direção ao sul, até novo aviso.
Esta segunda marca uma semana que Israel iniciou operações terrestres no sul do Líbano contra alvos do grupo extremista Hezbollah. Até o momento, as operações se concentravam ao leste da fronteira.
Junto com a operação terrestre, o Exército israelense também realiza bombardeios diários a alvos do Hezbollah no sul do Líbano e na capital Beirute.
Em meio à expansão da incursão israelense, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse nesta segunda que os EUA acreditam que as operações israelenses no Líbano continuam sendo limitadas.
Miller acrescentou que os EUA esperam que os ataques de Israel contra o Hezbollah no Líbano continuem sendo realizados de uma maneira que cumpra o direito humanitário internacional e minimize as baixas civis.
Também nesta segunda marca um ano do ataque terrorista de 7 de outubro do grupo terrorista palestino Hamas no sul de Israel, que deixou 1.200 israelenses mortos e cerca de 250 sequestrados e iniciou a guerra na Faixa de Gaza.
Hezbollah e Hamas fizeram bombardeios contra Israel nesta segunda. Em contrapartida, os israelenses seguem bombardeando Gaza, e alvos do Hezbollah no sul do Líbano e na capital Beirute. (Leia mais abaixo)
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Um ano de guerra
O conflito entre Israel e os grupos extremistas Hezbollah e Hamas continua intenso nesta segunda-feira (7), data que marca um ano do início da guerra na Faixa de Gaza.
Israel intensificou sua ofensiva aérea e terrestre em Gaza com mais ataques contra militantes do Hamas e postos de comando.
Segundo moradores, tanques israelenses avançaram para Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados urbanos históricos da Faixa de Gaza, após cercá-lo, e, logo após uma saraivada de foguetes em um ataque aéreo, militares expandiram as ordens de evacuação para áreas nas cidades do norte de Beit Hanoun e Beit Lahiya.
Hezbollah e Hamas atacam Israel, que segue bombardeios a Gaza, Beirute e ao sul do Líbano
Médicos afirmam que 52 palestinos morreram nos ataques desta segunda. O Exército israelense diz que matou dezenas de militantes e desmantelou a infraestrutura militar em Jabalia, e que a operação continuaria a impedir que o Hamas se reagrupasse.
Palestinos sentam-se ao lado dos escombros de casas destruídas em ofensiva militar de Israel
REUTERS/Mohammed Salem
Um menino palestino de 12 anos foi morto em confrontos entre jovens e soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
Por sua vez, o Hamas atingiu a capital comercial de Israel, Tel Aviv, com uma salva de mísseis, disparando sirenes no centro de Israel . O ataque foi confirmado pelas Forças de Defesa israelenses, que afirma ter destruído o lançador de onde os projéteis foram disparados. Duas pessoas ficaram levemente feridas, de acordo com o serviço de ambulâncias de Israel .
Haifa, a terceira maior cidade de Israel, também foi atingida por foguetes do Hezbollah pela manhã. O alvo, segundo o grupo, era uma base militar.
A polícia israelense confirmou que foguetes atingiram Haifa, também um grande porto, e a mídia local disse que 10 pessoas ficaram feridas lá.
Outros 15 foguetes foram disparados para o interior de Tiberíades, na região norte da Galileia, em Israel –alguns foram abatidos. A polícia disse que alguns prédios e propriedades foram danificados, e houve relatos de ferimentos leves, com algumas pessoas levadas para um hospital próximo.
Israel também interceptou dois drones nas áreas centrais de Rishon Lezion e Palmachim, de acordo com militares.
Às 11h46, horário de Brasília, sirenes foram acionadas na região central do país para alertar para um míssil vindo do Iêmen, que foi interceptado com sucesso.
A mídia iraniana, no entanto, diz que os mísseis lançados pelos houthis – rebeldes aliados do Hamas e do Hezbollah, que já fizeram outros ataques contra Israel – geraram várias explosões nos arredores de Israel, mas que não há relatos de danos ou vítimas.
Israel faz novos ataques aéreos em Beirute, no Líbano
No Líbano, as tropas israelenses também seguem sua ofensiva terrestre na fronteira e os ataques aéreos a várias cidades do sul.
A morte de um sargento, Aviv Magen, de 43 anos, durante confronto, foi oficialmente anunciada por Israel. Em comunicado, o Hezbollah afirmou que havia atacado “forças inimigas israelenses, em Beit Hillel, com uma salva de foguetes”.
Os subúrbios do sul de Beirute foram novamente atingidos durante a noite e nesta manhã. Em comunicado, às 10h do horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel confirmaram um bombardeio na área de Dahieh, que, de acordo com elas, seria um reduto terrorista chave do Hezbollah.
“Hoje, após informações precisas da IDF, a IAF conduziu uma extensa operação aérea e atingiu mais de 120 alvos terroristas no sul do Líbano em uma hora. Esses alvos pertenciam a diferentes unidades da organização terrorista Hezbollah. O Hezbollah incorporou deliberadamente sua infraestrutura terrorista e armas dentro de áreas civis, incluindo casas, no Líbano”, afirma comunicado.
O Ministério da Saúde do Líbano informou que um número inicial de 10 bombeiros foram mortos em um ataque israelense a um prédio municipal na cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano. No total, até agora, são 22 mortos nesta segunda.
Os ataques aéreos de Israel já deslocaram 1,2 milhão de pessoas no Líbano e, à medida que a campanha de bombardeios se intensifica, muitos temem que o Líbano enfrente a vasta escala de destruição causada em Gaza pelos ataques aéreos e terrestres de Israel .
De acordo com as autoridades libanesas, mais de 400 mil pessoas fugiram do Líbano para a Síria desde 23 de setembro, dia em que Israel e o grupo libanês Hezbollah entraram em guerra aberta. O número inclui “300.774 sírios e 102.283 libaneses”.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou que entre aqueles que cruzaram a fronteira há também palestinos, sudaneses e cidadãos de outros países.

Fonte da Máteria: g1.globo.com