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Israel divulga identidades de 17 terroristas mortos em bombardeio a escola de agência da ONU que matou 40 pessoas


Segundo o Exército israelense, a escola servia como base do Hamas e que o grupo terrorista ‘opera sistematicamente’ em estruturas civis. As autoridades locais afirmaram que instituição estava abrigando palestinos deslocados. Israel atinge escola da ONU em bombardeio em Gaza
O Exército de Israel divulgou nesta sexta-feira (7) a identidade de 17 terroristas mortos no bombardeio à escola da ONU na madrugada de quarta para quinta-feira, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari.
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O ataque à escola, que pertence à Agência para Refugiados da ONU (UNRWA), matou dezenas de pessoas, entre eles civis e crianças, e gerou críticas de membros da comunidade internacional, como o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
O número de mortos ainda é incerto. Segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, ao menos 40 pessoas morreram, entre elas cinco crianças, e ficaram 74 feridos. Já o Exército israelense falou que houve entre 20 e 30 mortos. O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, disse que há pelo menos 35 mortos.
Segundo a FDI, os terroristas mortos no bombardeio são do Hamas e da Jihad Islâmica. (Veja nas imagens abaixo)
Em comunicado, Hagari justificou o bombardeio à escola dizendo que o Hamas “opera sistematicamente” em estruturas civis para se camuflar.
“O Hamas espera que o direito internacional e a simpatia pública forneçam um escudo para suas atividades militares — por isso eles operam sistematicamente a partir de escolas, instalações da ONU, hospitais e mesquitas”, afirmou o porta-voz da FDI.
As Forças Armadas de Israel admitiram ter atingido o local, mas alegaram que alvejavam terroristas do Hamas que estavam no interior da escola e foram mortos na ofensiva. Já a UNRWA negou e afirmou que a instituição vinha servindo para abrigar palestinos deslocados por conta da guerra. (Leia mais abaixo)
Identidades de nove terroristas mortos no bombardeio à escola da ONU em 5 de junho de 2024, segundo a FDI.
Reprodução/FDI no X
Identidades de oito terroristas mortos no bombardeio à escola da ONU em 5 de junho de 2024, segundo a FDI.
Reprodução/FDI no X
Morte de general do Hamas
Daniel Hagari informou também nesta sexta (7) que as Forças de Defesa de Israel mataram um comandante sênior do Hamas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na noite de quinta-feira.
O terrorista Salame Muhammad Abu Ajaj era um líder das Forças de Segurança Geral do grupo terrorista em Rafah e atuava para fortalecer o grupo terrorista na cidade.
Segundo a FDI, as Forças de Segurança Geral são um órgão que apoia a ala militar do Hamas e tem funções-chave, como garantir a sobrevivência do grupo, a atividade militar rotineira do Hamas e a interrupção das operações da FDI em Gaza.
Ataque a escola da ONU
A escola da Agência para Refugiados da ONU (UNRWA) bombardeada por Israel na madrugada de quarta para quinta-feira está localizada no campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza.
A escola é administrada pela agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) e, segundo a ONU, oferece aulas a crianças do campo de refugiados — que originalmente abriga palestinos que vivam em territórios transformados no Estado de Israel em 1948.
Segundo as Forças Armadas de Israel, caças do Exército realizaram um “ataque preciso” em uma unidade do Hamas que ficava dentro da escola.
“Os terroristas dirigiram sua campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e usando-a como refúgio”, disse um comunicado do Exército de Israel.
Palestinos observam destroços de escola da ONU bombardeada por Israel em 6 de junho de 2024.
REUTERS/Emad Abu Shawiesh
Já as autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, acusaram as forças israelenses de terem cometido “um massacre horrível”. “Um número considerável de mártires e feridos continuam chegando ao hospital de Al-Aqsa”, afirmou o governo local.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o hospital disse ter recebido 30 corpos em consequência do bombardeio à escola. Além disso, outras seis pessoas morreram em um outro ataque na região.
Já a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que o mesmo hospital recebeu cerca de 70 mortos e 300 feridos desde terça-feira (4). A organização afirmou que a maioria dos pacientes é composta por mulheres e crianças alvos de bombardeios.
“O cheiro de sangue na sala de emergências esta manhã era insuportável. Há pessoas deitadas por todos os lados, no chão, fora. Estão trazendo os corpos em sacos plásticos. A situação é insustentável”, afirmou a coordenadora da MSF em Gaza, Karin Huster.
Palestinos observam escola de agência da ONU em Nuseirat, na região central de Gaza, destruída em ataque de Israel no dia 6 de junho de 2024
Bashar Taleb/AFP
Palestinos ao lado de familiares mortos em bombardeio israelense em Nusseirat, em 6 de junho de 2024
Abdel Kareem Hana/AP

Fonte da Máteria: g1.globo.com