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Jéssica Ellen fala de protagonismo em filme e na TV: 'É a visibilidade que a minha carreira merecia'


Além de viver a Madá, em ‘Volta por cima’, ela estrela ‘Vítima do dia’, filme do Globoplay. Jéssica Ellen em “Vítimas do Dia”
Divulgação
Após um período dedicado à maternidade, Jéssica Ellen retorna às telas com papéis de destaque no cinema e na televisão. Em “Vítimas do Dia”, a atriz interpreta Daiane, uma jovem grávida em meio à violência do Rio. Na novela “Volta por cima”, ela vive sua primeira protagonista, Madalena. Ao g1, Jéssica celebra a visibilidade que sempre quis em 15 anos de carreira.
No filme do Globoplay, Jéssica encarna Daiane, uma jovem grávida prestes a dar à luz seu primeiro filho. A trama se intensifica quando seu marido, interpretado por Amaury Lorenzo, é atingido por uma bala perdida.
Gravado no ano passado, o filme marcou a volta de Jéssica Ellen à atuação após ser mãe. “Eu fiquei um tempo me dedicando à maternidade e acho que a personagem, por estar grávida, em algum lugar me chamou. Senti quase um chamado do retorno pós-maternidade. É um filme bem intenso. Um drama clássico”, explica ela ao g1.
Jéssica Ellen em “Vítimas do Dia”
Fábio Rocha/TV Globo
O desafio de voltar ao ritmo de gravações foi intensificado pelas saudades do filho, Mali Dayó. “Quando eu voltei a gravar, ele tinha um ano e seis meses. É difícil para a gente logo nesse início, dar uma desgarrada do filhote. Foi um exercício de ir me entendendo novamente como atriz, como profissional, para além de ser mãe.”
Em “Vítimas do Dia”, o amor entre os personagens sobressai no meio da tensão. “A conexão da Daiane e do Elder me fez acreditar que a gente poderia levantar outras bandeiras para além da violência urbana. O desejo é que a gente olhe para a conexão, que mesmo diante da tragédia, ela se mantém.”
Madá, a 1ª protagonista em novela
Jéssica Ellen como Madá, em “Volta por cima”
Globo/Fábio Rocha
Madalena, personagem na novela “Volta por cima”, é a primeira protagonista na carreira. Com 15 anos de carreira, ela destaca que Madá é a “cereja do bolo” que ela vem “assando” há um tempo.
“De fato, ela vem para dar essa coroada. Do tipo: ‘Olha, você já caminhou bastante, você dá conta de fazer isso aqui’. Não que eu não desse antes, mas eu acho que agora eu estou tendo talvez a visibilidade que a minha carreira merecia já há bastante tempo.”
Aos 32 anos, Jéssica construiu a carreira como uma lista de personagens marcantes, como Rose, de “Justiça”; Daiane, de “Assédio”; e Camila, de “Amor de mãe”. Essa última foi a responsável por fazer Jéssica viralizar com uma cena em uma formatura.
“Uma coisa que eu escuto bastante é que a maneira como eu atuo ou entrego cenas de emoção, faz com que as pessoas chorem junto. Acho isso muito bonito, porque, de certa forma, a arte faz com que a gente se permita sentir as emoções.”
Esse contato direto com o público é facilitado pelas redes sociais, ferramenta que a atriz usa para divulgar trabalhos, mas que também é suscetível aos haters. “Vi uma frase esses dias que eu achei maravilhosa. ‘Eu não tenho haters, eu tenho fãs confusos’. Às vezes, a pessoa só quer se expressar, eu não me afeto com essas coisas não”.
Para Jéssica, a novela é um “momento terapêutico” para o público, que o ajuda também a refletir sobre as questões pessoais, além de entreter. “Se sentar, se permitir assistir, sentir raiva do vilão, rir com a pessoa que está passando por uma situação engraçada, chorar quando a mocinha está vivendo um momento de tensão. Então, acho que os personagens ajudam as pessoas a entenderem sobre elas mesmas”, reflete.
Marco histórico na TV
Duda Santos, Jéssica Ellen e Gabz
Globo
Hoje, Jéssica vive um momento histórico na Globo: pela primeira vez, três atrizes negras protagonizam as principais novelas da emissora, Duda Santos, em “Garota do Momento” e Gabz, em “Mania de Você”.
“Eu fico muito feliz de fazer parte de algo que já vem sendo construído há muito tempo. A gente está sendo reflexo de lutas anteriores, de tudo que a Dona Ruth de Souza plantou, a Dona Léa Garcia. Todas essas atrizes que vieram antes da gente, né? Zezé Motta, Taís Araújo… é uma gama de atrizes que vieram construindo esse caminho, pavimentando para que a gente hoje pudesse estar refletindo esse sonho, que é um sonho coletivo.”
Ao recapitular sobre todos os caminhos que precisou trilhar, Jéssica acha que sua versão de 13 anos estaria orgulhosa. “Ela estaria bem feliz dizendo: ‘Parabéns, você arrasou, mas tem muita coisa para fazer ainda’. Sinto que eu já fiz um monte, mas, ao mesmo tempo, eu sinto que tenho coisa para aprender. E acho que essa é a beleza da profissão”.
Em uma das cenas do filme “Vítimas do Dia”, Jéssica dá uma palhinha de “Dindi”, de Tom Jobim, demonstrando talento que ela já tinha mostrado ao lançar seu primeiro álbum em 2018 (‘Sankofa”). A atriz não descarta um retorno para o mundo da música.
“A galera dá uma cobradinha. É bom, sinal de que eles sentem falta. Mas eles também entendem que eu sou geminiana, que eu faço mais de uma coisa”.
‘Vítimas do Dia’ estreia no Globoplay com Jéssica Ellen e Amaury Lourenzo

Fonte da Máteria: g1.globo.com