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Lula chama corte de gastos de 'medida extraordinária': 'Temos que cumprir o arcabouço'

Governo anunciou medidas para economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Durante reunião no Palácio do Planalto, Lula ressaltou o compromisso de seu governo com a sustentabilidade das contas públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “extraordinária” a série de medidas de contenção de despesas anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27). Durante reunião no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a importância de atender às exigências do arcabouço fiscal e ressaltou o compromisso de seu governo com a sustentabilidade das contas públicas.
“Ainda ontem foi anunciada uma coisa extraordinária”, destacou o presidente.
“Foi anunciado ontem pelo Haddad, eu participei ontem da reunião com o presidente do Senado, da Câmara, com os líderes, uma medida extraordinária que é de contenção de excesso de despesas porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal”, completou Lula.
O pacote anunciado prevê uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e inclui medidas como a limitação do crescimento do salário mínimo, maior controle sobre o abono salarial e cortes no funcionalismo público. Embora o foco seja ajustar as contas públicas, o governo também propôs a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, uma promessa de campanha que começará a valer a partir de 2026.
Pacote de corte de gastos precisa ser aprovado no Congresso
O anúncio foi recebido com reações mistas. Enquanto líderes partidários demonstraram apoio às medidas, o mercado reagiu com cautela. O dólar atingiu seu maior valor nominal desde a criação do Plano Real, reflexo das preocupações sobre a capacidade do pacote em garantir o equilíbrio fiscal do país.
“Estamos num processo político de fazer uma certa contenção de despesa pra gente poder cuidar do Orçamento, senão chega no fim do ano, o Orçamento, não cabe as despesas que fizemos, e aí a gente é obrigado a comunicar os ministros: ‘Olha, não tem dinheiro’. E aí é uma guerra silenciosa contra o presidente, libera dinheiro, e não tem. E a gente não pode gastar mais do que a gente tem no Orçamento, porque nós aprovamos um arcabouço e estamos aprovando uma série de medidas de contenção, de moralização”, argumentou Lula.

Fonte da Máteria: g1.globo.com