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Militares norte-coreanos ficam feridos em explosão de minas na fronteira com a Coreia do Sul


Segundo o Exército da Coreia do Sul, há possibilidade de que alguns soldados tenham morrido na explosão. Além disso, militares norte-coreanos voltaram a cruzar fronteira com o Sul na terça-feira (18). Um posto de guarda norte-coreano é visto nesta foto próxima a zona desmilitarizada das duas Coreias
Kim Hong-Ji/REUTERS
Vários militares norte-coreanos ficaram feridos após a explosão de minas terrestres espalhadas pela Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ), que fica na fronteira da Coreia do Sul. As informações foram divulgadas pelo Exército sul-coreano nesta segunda-feira (17).
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O incidente aconteceu na manhã de terça-feira (18), pelo horário local — noite de segunda-feira, no Brasil. As forças da Coreia do Sul afirmaram que existe a possibilidade de que alguns soldados do Norte tenham morrido na explosão.
A Coreia do Sul disse ainda que o Norte voltou a instalar minas terrestres nas proximidades da fronteira após terem abandonado um acordo assinado em 2018, que tinha como o objetivo reduzir tensões na região.
Ainda nesta terça-feira, entre 20 e 30 soldados norte-coreanos ultrapassaram a linha que separa as duas Coreias. Isso fez com que os militares sul-coreanos disparassem tiros de aviso. Esta é a segunda vez que um incidente do tipo acontece em menos de 10 dias.
Segundo o Exército da Coreia do Sul, aparentemente, a invasão foi acidental. Os soldados norte-coreanos retornaram para o Norte assim que receberam o aviso dos militares do Sul.
O incidente aconteceu em um ponto da fronteira diferente da invasão registrada no dia 9 de junho. À época, a Coreia do Sul também não considerou a violação intencional.
Escalada nas tensões
Os últimos incidentes na DMZ acontecem em meio a uma escalada de tensões entre as duas Coreias, que atualmente trocam acusações e travam uma “guerra” sobre envio de balões.
Recentemente, a Coreia do Norte enviou centenas de balões com lixo e fezes para o Sul. No fim de maio, o governo de Pyongyang disse que a ação era uma retaliação ao envio de balões de ativistas sul-coreanos.
Já no início de junho balões com dinheiro, pen-drives com música sul-coreana e panfletos com mensagens contrárias ao regime de Kim Jong-un viajaram da Coreia do Sul para o Norte. A ação foi promovida por ativistas, mas é desencorajada pelo governo sul-coreano.
O envio de balões entre os dois países levou a Coreia do Sul a suspender um acordo de 2018 para reduzir as tensões com a Coreia do Norte. Com isso, atividades militares foram retomadas na região de fronteira.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, mesmo com um armistício assinado na década de 1950. O acordo de 2018 pretendia reduzir as tensões na península e evitar uma escalada militar, principalmente ao longo da fronteira.
O anúncio da suspensão do tratado enfureceu Pyongyang, que alertou que Seul estava criando uma “nova crise”. No entanto, a própria Coreia do Norte já havia congelado o acordo em 2023, após o lançamento de um satélite militar.
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Fonte da Máteria: g1.globo.com