Pesquisar
Close this search box.
Notícias

Morre no Rio Sonia Delfino, cantora carioca que transitou entre a bossa e o pop juvenil dos ‘brotos’ dos anos 1960


Sonia Delfino (1942 – 2025)
Reprodução / Facebook Sonia Delfino
♫ OBITUÁRIO
♪ Quando a carioca Sonia Delfino foi eleita a cantora revelação de 1960, aos 18 anos, o reinado de Celly Campello (1942 – 2003) estava no auge entre os brotos brasileiros que ouviam o inocente pop juvenil da era pré-Jovem Guarda.
Os títulos dos três álbuns da artista – Sonia Delfino canta para a mocidade (1960), Alô broto! (1960) e Alô broto! nº 2 (1961) – indicam que a cantora entrou na onda desse pop juvenil por imposição mercadológica.
Só que, analisando os repertórios destes discos, sobretudo o do primeiro e o do último, percebe-se que Sonia de Campos Veras (23 de novembro de 1942 – 20 de março de 2025) também transitou pelo universo da bossa nova, dando voz a standards do gênero como Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) e O barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961).
Sonia Delfino morreu hoje na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), aos 82 anos, de causa não revelada pelo comunicado em que a família da cantora anuncia a morte da artista e informa que o velório será realizado amanhã, 21 de março, no cemitério Memorial do Carmo, das 8h30m às 10h30m.
Entre a bossa e o som da mocidade, Sonia Delfino teve a primazia de lançar em disco, em 1963, o sambalanço Bolinha de sabão, uma dos maiores sucessos do cantor e compositor Orlandivo (1937 – 2017).
Sonia Delfino gravou pouco porque, ao se casar com diplomata, foi morar fora do Brasil e interrompeu a carreira artística, retomada somente em 1983, ano em que voltou ao país e, já adulta, passou a se apresentar em pequenas casas noturnas cariocas como Rio Jazz Club e Mistura Fina. Desde então, a cantora participou de discos coletivos voltados para o repertório da bossa nova.

Fonte da Máteria: g1.globo.com