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Negociações entre EUA e Rússia sobre Guerra da Ucrânia serão retomadas neste domingo


Steve Witkoff revelou à imprensa americana que uma equipe do governo, incluindo Marco Rubio e Mike Waltz, vai viajar para a Jedda, na Arábia Saudita, para tentar resolver a questão. Nesta terça (18), Trump e Putin conversaram pelo telefone sobre o conflito e Kremiln condicionou o cessar-fogo ao fim da ajuda ocidental a Kiev. Steve Witkoff – enviado especial dos Estados Unidos para a Rússia- afirmou que negociações dos países a respeito da Guerra da Ucrânia devem ocorrer em Jeddah, na Arábia Saudita, no próximo domingo (23).
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Em entrevista a rede norte-americana de notícias Fox News, o representante disse que uma equipe da administração de Trump, incluindo o conselheiro de Segurança Mike Waltz e o secretário de Estado Marco Rubio, vai para a Península Arábica em busca da resolução do conflito.
“O diabo está nos detalhes. Temos uma equipe indo para a Arábia Saudita, liderada por nosso conselheiro de segurança nacional e nosso secretário de Estado, e acho que, sabe, temos que descobrir esses detalhes”, disse Witkoff.
Na manhã desta terça (18), o presidente Donald Trump e Vladmir Putin, líder da Rússia, conversaram por telefone para debater a guerra.
O Kremilin afirmou que só aceitará um cessar-fogo total após a interrupção completa da ajuda militar e de inteligência das potências ocidentais a Kiev, mas concordou em interromper os ataques a alvos de energia da Ucrânia durante 30 dias.
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Conversa desta terça (18)
A conversa durou quase duas horas, segundo a Casa Branca e o Kremlin. Em uma postagem na sua rede social Truth Social, Trump disse que a ligação “foi muito boa e produtiva”. O objetivo final, porém, de fazer a Rússia aceitar uma trégua total, não foi alcançado.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que aceitará a proposta da trégua parcial. Ela ainda não foi apresentada formalmente, e não há data certa para entrar em vigor.
“Concordamos com um cessar-fogo imediato em toda a energia e infraestrutura, com o entendimento de que trabalharemos rapidamente para ter um cessar-fogo completo e, finalmente, um fim para esta guerra horrível entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Trump.
De acordo com o Kremlin, os líderes concordaram em uma troca de prisioneiros russos e ucranianos. As duas partes vão liberar 175 prisioneiros de guerra cada, e a Rússia afirmou que vai entregar a Kiev 23 combatentes gravemente feridos.
Segundo o Kremlin, porém, “foi enfatizado que uma condição fundamental para evitar uma maior escalada e trabalhar em direção a uma resolução política e diplomática deve ser a interrupção completa da ajuda militar estrangeira e do apoio de inteligência a Kiev”.
“Em relação à iniciativa do presidente dos EUA de implementar um cessar-fogo de 30 dias, o lado russo sublinhou vários aspectos importantes, incluindo garantir o controle efetivo sobre uma potencial interrupção de hostilidades ao longo de toda a linha de frente, interromper o alistamento militar forçado na Ucrânia e interromper o rearmamento das Forças Armadas Ucranianas”, disse o governo russo.
As duas partes concordaram em manter o diálogo — e, segundo o governo russo, Trump concordou com a ideia de Putin em realizar partidas de hóquei no gelo entre a seleção russa e uma equipe de jogadores americanos.
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Desde o início do mês, Trump tenta garantir o apoio de Putin para um cessar-fogo de 30 dias, aceito pela Ucrânia. Enquanto isso, ambos os lados continuam os ataques aéreos, e a Rússia se aproxima de expulsar as forças ucranianas de Kursk, na Rússia.
O presidente americano afirmou que os soldados ucranianos estão “em grandes apuros”. Trump sugeriu ainda que a suspensão de ajuda militar à Ucrânia e o bate-boca que ele teve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, podem ter influenciado Kiev a aceitar a proposta.
“O que está acontecendo na Ucrânia não é bom, mas vamos ver se conseguimos trabalhar em um acordo de paz, um cessar-fogo e a paz, e acho que seremos capazes de fazer isso”, disse Trump na segunda-feira (17).
Um dia antes, ao ser questionado sobre possíveis concessões nas negociações, Trump mencionou a divisão de terras da Ucrânia e o controle de usinas, sem dar mais detalhes.
“Vamos falar sobre terra. Vamos falar sobre usinas … Já estamos falando sobre isso, dividindo certos ativos”, disse o presidente americano.
A Casa Branca confirmou que no radar das negociações está a usina de Zaporizhzhia, que é a maior usina nuclear da Europa .
Enquanto isso, Zelensky acusa Putin de prolongar a guerra. Segundo ele, a proposta de cessar-fogo já poderia ter sido implementada há uma semana, e “cada dia em tempo de guerra significa vidas humanas”.
A Rússia disse na sexta-feira (14) que Putin enviou uma mensagem a Trump sobre seu plano de cessar-fogo por meio do enviado dos EUA, Steve Witkoff.
No domingo, Witkoff, o secretário de Estado Marco Rubio e o conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, enfatizaram que ainda existem desafios a serem resolvidos antes que a Rússia aceite um cessar-fogo.
Garantias à ‘prova de ferro’
Trump e Putin
Reuters
Zelensky acredita que há uma chance de acabar com a guerra, mas reafirma que a soberania e os territórios da Ucrânia são inegociáveis. A Rússia, por sua vez, exige garantias de segurança, incluindo a Ucrânia fora da Otan, além de controle sobre as áreas ocupadas.
A Rússia também quer que as sanções ocidentais sejam amenizadas e que uma eleição presidencial seja realizada na Ucrânia.
“Vamos exigir que garantias de segurança à prova de ferro façam parte deste acordo”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, à mídia russa.
Putin afirma que suas ações na Ucrânia visam proteger a segurança nacional da Rússia contra o que ele considera um Ocidente agressivo e hostil, em particular a expansão da Otan para o leste.
Já a Ucrânia e seus parceiros ocidentais afirmam que a Rússia está travando uma guerra de agressão não provocada e uma anexação imperialista de terras.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse na segunda-feira que as condições exigidas pela Rússia para aceitar um cessar-fogo mostram que Moscou realmente não quer a paz.
Enquanto isso, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que “um número significativo” de nações europeias estava disposto a enviar tropas de paz para a Ucrânia no caso de um acordo de paz. Os chefes de defesa se reunirão esta semana para firmar os planos.
A Rússia descartou a presença de pacificadores até que a guerra termine.
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Fonte da Máteria: g1.globo.com