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Palestina de 7 anos sonha com tratamento no exterior contra ferimentos após sobreviver a ataque aéreo em Gaza; VÍDEO


Sila Houso está entre os feridos de ataque de Israel a uma escola no dia 27 de julho. Ela sofreu uma fratura no crânio e danos no olho direito. Israel diz que a escola abrigava centro do comando do grupo terrorista Hamas. Palestina de 7 anos sonha com tratamento para tratar ferimentos após ataque em Gaza
Um ataque aéreo a uma escola que servia de abrigo para famílias palestinas deixou ao menos 30 mortos e mais de 100 feridos no dia 27 de julho, em Gaza —Sila Houso, de 7 anos, foi uma das sobreviventes.
A menina, que sofreu uma fratura no crânio e danos no olho direito, ainda se recupera dos ferimentos no Hospital Al-Aqsa. Ao lado da mãe, ela falou à agência de notícias Reuters sobre o sonho de fazer um tratamento no exterior e também de se tornar médica.
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“Gostaria de poder ir para o exterior e viajar como as crianças, levando todos os meus irmãos, minha mãe e meu pai. Eu viajaria para o exterior, seria tratada e ficaria bonita. Então isso acabaria e eu melhoraria”, disse ela, apontando para as cicatrizes que agora tem no rosto.
A mãe da menina, Umm Sila, compartilha da vontade e lamenta o que a guerra fez com a filha e também com outras famílias. Ela contou que a filha foi atingida por estilhaços enquanto eles procuravam abrigo para escapar do ataque, que aconteceu enquanto todos tomavam café da manhã.
“Sila era diferente antes da guerra. Ela era uma garota extrovertida e ativa, com um sorriso e senso de humor que ajudava seus irmãos. (…) A maioria das vítimas na escola também eram mulheres, crianças e inocentes. Então não há lugar seguro – nem em escolas, nem em acampamentos, nem em casas. Minha filha agora tem medo de escolas, ela me diz que não quer ir para nenhuma escola”, afirmou, mostrando fotos da filha antes dos ferimentos no celular.
Sila Houso, de 7 anos, foi uma das sobreviventes de ataque aéreo de Israel em Gaza
REUTERS/Ramadan Abed
Para se recuperar completamente, agora Sila precisa passar por uma cirurgia plástica; um suporte de platina foi colocado entre suas sobrancelhas. Ela espera pela ajuda de alguém que arque com os custos.
“Nós pedimos ao mundo e à comunidade internacional que interfiram e pressionem para o fim do conflito e para abrir travessias que permitam a entrada de equipamentos e medicamentos e a transferência de pacientes. Temos mais de 25 mil casos que precisam de tratamento no exterior em Gaza, incluindo 10 mil pacientes com câncer e 5 mil crianças”, apelou o médico Khalil Al-Daqran.
Após o ataque, militares israelenses disseram que atacaram o local porque abrigava um centro de comando do grupo extremista Hamas, que o usava para lançar ataques e como esconderijo de armas.
Nesta sexta-feira (16), os Estados Unidos apresentaram uma nova proposta de cessar-fogo na guerra em Gaza que permitirá a “rápida implementação do acordo” caso ele seja aceito por todas as partes durante as negociações realizadas em Doha com outros mediadores do conflito.
Mãe mostra foto de Sila antes de sobreviver a ataque aéreo
REUTERS/Ramadan Abed
A marca dos 40 mil mortos no conflito entre Israel e o Hamas foi atingida nesta quinta (15) em meio à escalada de tensões no Oriente Médio com a promessa de vingança do Irã, do Hamas e do Hezbollah por conta dos assassinatos do ex-chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah Fuad Shukr, em Beirute.
Nesta sexta, inclusive, o Hezbollah divulgou um vídeo em que faz ameaças a Israel e exibe grandes lançadores de mísseis em túneis subterrâneos.

Fonte da Máteria: g1.globo.com