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Para Múcio, responsáveis por tentativa de golpe e atentado 'não representam o todo das Forças Armadas'


Ministro da Defesa, José Múcio
ANDRE VIOLATTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Em meio às revelações trazidas pela operação “Contragolpe” da Polícia Federal, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (20) que as Forças Armadas têm todo interesse no aprofundamento das investigações e identificação dos envolvidos na trama.
A operação deflagrada nesta terça (19) demonstrou militares na coordenação operacional de um plano para assassinar em 2022 os então presidente e vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin, além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Mais uma vez, nossa vontade é ver os responsáveis identificados, de forma a mostrar que são alguns indivíduos e que não representam o todo das Forças Armadas”, afirmou ao blog o ministro.
Investigação da Polícia Federal mostrou de forma detalhada que um grupo de oficiais elaborava um plano para matar o presidente e o vice antes da diplomação dos dois, no final de 2022 – depois da derrota de Jair Bolsonaro e Braga Netto na eleição presidencial.
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O plano incluía assassinar o ministro do STF Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O plano chegou a ser colocado em prática, com uma campana em frente ao apartamento funcional de Moraes, em Brasília.
A investigação também mostra que o plano avançou após uma reunião, em novembro, na casa do general Braga Netto, que foi um dos nomes mais fortes do governo Bolsonaro – foi ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa derrotada de 2022.
Mensagens encontradas no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid também dão conta de um encontro do general Mario Fernandes, principal integrante deste grupo operacional, e Bolsonaro. A agenda condiz com a lista de entradas e saídas do Palácio da Alvorada.

Fonte da Máteria: g1.globo.com