Mineira Juliana Turchetti, de 45 anos, integrava equipe que combatia fogo na Floresta Nacional de Helena, no estado de Montana. Piloto Juliana Turchetti
Juliana Turchetti/ LinkedIn
A piloto agrícola mineira Juliana Turchetti, de 45 anos, morreu durante uma operação de combate a incêndio nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (10).
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), ela foi a primeira piloto brasileira a voar turboélice nos EUA e a pilotar o modelo Fire Boss, uma versão para combate a incêndios do maior avião agrícola do mundo.
Juliana integrava a equipe que combatia o fogo na Floresta Nacional de Helena, no estado de Montana. De acordo com o Sindag, o acidente teria ocorrido durante a realização de uma manobra conhecida como “scooping”, em que o piloto pousa a aeronave em um lago, capta água para o reservatório e decola em seguida. O avião teria batido em algo, se despedaçado e afundado na água.
O corpo da piloto, a única ocupante do monomotor, foi encontrado cerca de cinco horas depois do acidente por equipes de busca e resgate.
Heroína
Os governadores de Montana, Greg Gianforte, e de Idaho (estado que emprestou o avião), Brad Little, emitiram uma nota conjunta em que disseram estar “profundamente tristes” pela morte da piloto e se referiram a Juliana como “heroína”.
“É um verdadeiro ato de bravura correr em direção ao fogo. Unimo-nos a todos os habitantes de Montana e Idaho na oração pela família e amigos da heroína caída durante este período trágico”, diz um trecho da declaração.
Em nota de pesar, o Sindag afirmou que Juliana Turchetti é “uma mostra da força feminina no setor e da garra e profissionalismo dos pilotos brasileiros”.
Quem era Juliana Turchetti
Piloto Juliana Turchetti
Juliana Turchetti/ LinkedIn
A piloto nasceu em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e tinha 6.500 horas de experiência de voo.
Ela começou a carreira como instrutora, em 2007, e após dois anos passou a pilotar grandes jatos. Em 2013, tornou-se piloto agrícola e, em 2018, mudou-se para os Estados Unidos, onde tornou-se bombeira.
Em sua página no LinkedIn, Juliana escreveu que “voar e combater incêndios é a combinação ideal de diferentes habilidades, desafios, trabalho em equipe e a emoção de operar em um ambiente que necessita constantemente de disciplina, coordenação, coragem, dedicação e desejo de servir”.
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Fonte da Máteria: g1.globo.com