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Ponte cai na Bolívia e atinge indígenas que estavam debaixo; sete morrem


Estrutura, perto da fronteira com Mato Grosso e Rondônia, desabou quando um veículo passava por ela. Grupo de aldeia indígena descansava debaixo da ponte, que foi inaugurada em 2010 pelo então presidente, Evo Morales, e custou US$ 10 milhões. A ponte sobre o rio Rapulo, em Santa Ana de Yacuma, na Bolívia, após desabar, em 6 de maio de 2024. Estrutura custou US$ 10 milhões.
Reprodução/ redes sociais
Uma ponte na Bolívia perto da fronteira com o Brasil desabou nesta quinta-feira (6), deixando sete pessoas mortas, uma delas grávida, de acordo com autoridades locais.
As vítimas eram indígenas que estavam às margens do rio no momento em que a estrutura desabou e integrantes de um veículo que trafegava sobre a ponte no momento da queda. Uma delas estava grávida, de acordo com autoridades locais.
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A ponte ligava os municípios de Trinidad e Santa Ana de Yacuma, ambos na região de Beni, que faz fronteira com Rondônia e Mato Grosso.
O grupo de indígenas que morreu, segundo a prefeitura local, vivia em uma aldeia local e costumava vender produtos em Santa Ana de Yacuma, em barco. Eles haviam parado para descansar sob a ponte.
“Eles vinham constantemente ao nosso município para oferecer seus produtos, como bananas. Eles param desse lado do rio, e desta vez foram surpreendidos pelo acidente”, disse o secretário-geral de Santa Ana de Yacuma, Rafael Menacho.
Moradores do município afirmaram que nunca houve manutenção na ponte, construída em 2008 e inaugurada em 2010.
“Quando a gente passava, a ponte tremia, dava para sentir. Nunca houve manutenção, a ponte ficou como estava (na inauguração). E passavam caminhões pesados por ela”, disse a moradora de Santa Ana de Yacuma, Dámaris Neira Sánchez.
Obra de R$ 52 mi sem manutenção
A ponte sobre o riu Rapulo, na Bolívia, antes de desabar.
Divulgação
A ponte foi inaugurada em 2010 pelo então presidente boliviano, Evo Morales, como uma das principais do país, e custou cerca de US$ 10 milhões (cerca de R$ 52,5 milhões).
Na ocasião, Morales disse que a ponte transformaria em segundos um trajeto que, antes, demorava cerca de nove horas.
Segundo a imprensa local, a ponte estava sustentada por cabos presos em dois pilares que podem ter sofrido corrosão com o tempo por conta da falta de manutenção.

Fonte da Máteria: g1.globo.com