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Produção de tangerina cai, mas tamanho e qualidade dos frutos aumentam no ES


Em Conceição do Castelo, segundo maior produtor no estado, colheita já começou. Apesar das mudanças sofridas, expectativa é de lucro para agricultores. Produção de tangerina diminui, mas preço e qualidade do produto apresentam melhora
A região de montanhas do Espírito Santo é polo para a produção de frutas cítricas no estado. E nesta época do ano, todos os olhos estão voltados para o cultivo de tangerina, com valor de produção de R$ 12 milhões, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
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As condições favoráveis para a produção na região estão relacionadas à existência de produtores de mudas locais, à qualidade da fruta produzida, à aceitação dos frutos nos mercados locais e regionais e à possibilidade de exportação para outros estados brasileiros.
Produção de tangerina cai, mas tamanho e qualidade dos frutos aumentam no Espírito Santo.
Carlos Barros
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Sete principais municípios integram o Polo de Tangerina, são eles: Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Conceição do Castelo, Muniz Freire.
Conceição do Castelo, na Região Serrana do estado, é o segundo maior produtor de tangerina do Espírito Santo, ficando atrás apenas de Domingos Martins. Em 2022, foram cerca de 141 hectares de área plantada, e mais de 3 toneladas da fruta no ano. Este ano, entretanto, a produção na região caiu, devido a questões climáticas, mas, ainda assim, a expectativa dos agricultores é de lucro.
O técnico do Incaper, Cleber Ferreira, explica que, além do preço ter aumentado devido à maior demanda com a diminuição da produção, existe um lado positivo em pés menos carregados.
“Menos fruto na planta, significa ao mesmo tempo frutos maiores, e o comprador paga mais por eles. Quanto maior a tangerina também se gasta menos para fazer uma caixa, se 100 frutos pequenos seriam utilizados, com eles maiores ela fica completa com cerca de 80. Com isso, a expectativa para os produtores ainda assim é positiva e de lucro”, disse.
Segundo o especialista, a tangerina já possui uma característica de bianualidade, ou seja, em um ano a produção é melhor do que no outro. Mas, este ano, questões climáticas podem ter favorecido a diminuição da produção.
“Na época da floração a gente teve um período de estiagem, muito calor, ocasionando um abortamento da florada”, falou Cleber.
O produtor Antônio Francisco Maretto possui mais de 4 mil pés de tangerina em Conceição do Castelo, Espírito Santo.
Carlos Barros
O produtor Antônio Francisco Maretto possui mais de 4 mil pés, que carregam a experiência e a paciência de mais de quinze anos de produção. Para ele, o cuidado na hora de retirar o fruto do pé faz toda a diferença e garante boas vendas.
“A tangerina demora, porque ela não madura toda de uma vez só, é pouco a pouco. Chega neste período de junho e julho, ela já está toda madura, pronta para a colheita. […] A gente vai lá com a tesourinha, corta a fruta. Não pode jogar dentro da caixa adoidado, pra não amassar. Eu não posso chegar no pé e balançar para a fruta cair no chão, se não perde a qualidade e o comprador vai ficar insatisfeito. E eu tenho que saber agradar o comprador, para no ano que vem ele comprar comigo de novo”, contou.
A implantação de um pé de tangerina custa entre R$ 25 e R$ 30. O trabalho inicial de adubação, manejo de pragas e doenças são necessários para melhorar a qualidade do produto anos à frente.
“A tangerina vai se transformando, em dois anos o pé começa a dar fruta pingada, no terceiro começa a produzir mais, e no quarto começa a dar a carga maior dela. No começo não te dá lucro nenhum, só serviço e mão de obra. Depois te dá retorno”, garantiu Francisco.
O produtor Tiago Zaqui tem mais de 2 mil pés de tangerina. Ele considera que o manejo longo e trabalhoso acaba sobrecarregando a produção, que essencialmente vem da agricultura familiar e esbarra na falta de mão de obra na região.
 “A principal dificuldade nossa aqui [em Conceição do Castelo] é a questão da mão de obra. Aqui a gente trabalha com agricultura familiar, com gente nossa mesmo, de casa. Pra não ficar sobrecarregado, às vezes a gente depende de uma ajuda externa e não consegue encontrar, ou pela falta de pessoal mesmo ou pela concorrência com outras culturas da região aqui, como o café”, pontuou.
O produtor Tiago Zaqui tem mais de 2 mil pés de tangerina em Conceição do Castelo, Espírito Santo.
Carlos Barros
Em 2024, Tiago está indo para a quinta colheita da lavoura.
“A nossa área está indo para a quinta colheita maior este ano. Eu tenho alguma defasagem de plantas, algumas morreram por conta de umidade mais baixa, mas ainda não fiz renovação de de citrus, a roça tá no ápice de produção”.
Sudeste lidera a produção de tangerina no país
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o sudeste é a região do país com maior quantidade de tangerina produzida.
Em 2022, foi responsável por 60,6% de participação na produção total. Neste ano, o Espírito Santo foi o 6° maior produtor do Brasil, com 30.936 toneladas de produção. O estado que lidera o mercado é São Paulo, com 369.034 toneladas no mesmo período.
Produção brasileira de tangerina em 2022
Ponkan, mexerica, morgote, mimosa ou bergamota? Entenda diferença
Tangerinas é a ponkan, derivada da espécie Citrus reticulata.
Gilson Abreu/Agência Estadual de Notícias
O cheiro é inconfundível, já os nomes, nem tanto. Ponkan, mexerica mimosa, morgote, bergamota… Por que tantos nomes? O engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Paulo Andrade, explica que a diferença é sutil.
Ponkan, morgote e bergamota, por exemplo, são variedades da tangerina. Já mimosa e mexerica são nomes diferentes usados para referenciar uma mesma variedade.
Veja reportagem completa aqui.
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Apesar das mudanças sofridas, expectativa é de lucro para agricultores.151ResumoAdicionar Item ResumoArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALA região de montanhas do Espírito Santo é polo para a produção de frutas cítricas no estado. E nesta época do ano, todos os olhos estão voltados para o cultivo de tangerina, com valor de produção de R$ 12 milhões, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no TelegramAs condições favoráveis para a produção na região estão relacionadas à existência de produtores de mudas locais, à qualidade da fruta produzida, à aceitação dos frutos nos mercados locais e regionais e à possibilidade de exportação para outros estados brasileiros.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTAL📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsAppSete principais municípios integram o Polo de Tangerina, são eles: Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Conceição do Castelo, Muniz Freire.Conceição do Castelo, na Região Serrana do estado, é o segundo maior produtor de tangerina do Espírito Santo, ficando atrás apenas de Domingos Martins. Em 2022, foram cerca de 141 hectares de área plantada, e mais de 3 toneladas da fruta no ano. Este ano, entretanto, a produção na região caiu, devido a questões climáticas, mas, ainda assim, a expectativa dos agricultores é de lucro.O técnico do Incaper, Cleber Ferreira, explica que, além do preço ter aumentado devido à maior demanda com a diminuição da produção, existe um lado positivo em pés menos carregados.”Menos fruto na planta, significa ao mesmo tempo frutos maiores, e o comprador paga mais por eles. Quanto maior a tangerina também se gasta menos para fazer uma caixa, se 100 frutos pequenos seriam utilizados, com eles maiores ela fica completa com cerca de 80. Com isso, a expectativa para os produtores ainda assim é positiva e de lucro”, disse.Segundo o especialista, a tangerina já possui uma característica de bioanalidade, ou seja, em um ano a produção é melhor do que no outro. Mas, este ano, questões climáticas podem ter favorecido a diminuição da produção. “Na época da floração a gente teve um período de estiagem, muito calor, ocasionando um abortamento da florada”, falou Cleber.O produtor Antônio Francisco Maretto possui mais de 4 mil pés, que carregam a experiência e a paciência de mais de quinze anos de produção. Para ele, o cuidado na hora de retirar o fruto do pé faz toda a diferença e garante boas vendas.”A tangerina demora, porque ela não madura toda de uma vez só, é pouco a pouco. Chega neste período de junho e julho, ela já está toda madura, pronta para a colheita. […] A gente vai lá com a tesourinha, corta a fruta. Não pode jogar dentro da caixa adoidado, pra não amassar. Eu não posso chegar no pé e balançar para a fruta cair no chão, se não perde a qualidade e o comprador vai ficar insatisfeito. E eu tenho que saber agradar o comprador, para no ano que vem ele comprar comigo de novo”, contou.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALA implantação de um pé de tangerina custa entre R$ 25 e R$ 30. O trabalho inicial de adubação, manejo de pragas e doenças são necessários para melhorar a qualidade do produto anos à frente.”A tangerina vai se transformando, em dois anos o pé começa a dar fruta pingada, no terceiro começa a produzir mais, e no quarto começa a dar a carga maior dela. No começo não te dá lucro nenhum, só serviço e mão de obra. Depois te dá retorno”, garantiu Francisco.O produtor Tiago Zaqui tem mais de 2 mil pés de tangerina. Ele considera que o longo e trabalhoso acaba sobrecarregando uma produção que essencialmente vem da agricultura familiar e esbarrando na falta de mão de obra na região. “A principal dificuldade nossa aqui [em Conceição do Castelo] é a questão da mão de obra. Aqui a gente trabalha com agricultura familiar, com gente nossa mesmo, de casa. Pra não ficar sobrecarregado, às vezes a gente depende de uma ajuda externa e não consegue encontrar, ou pela falta de pessoal mesmo ou pela concorrência com outras culturas da região aqui, como o café”, pontuou.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALEm 2024, Tiago está indo para a quinta colheita da lavoura.”A nossa área está indo para a quinta colheita maior este ano. Eu tenho alguma defasagem de plantas, algumas morreram por conta de umidade mais baixa, mas ainda não fiz renovação de de citrus, a roça tá no ápice de produção”.Sudeste lidera a produção de tangerina no paísDe acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o sudeste é a região do país com maior quantidade de tangerina produzida. Em 2022, foi responsável por 60,6% de participação na produção total. Neste ano, o Espírito Santo foi o 6° maior produtor do Brasil, com 30.936 toneladas de produção. O estado que lidera o mercado é São Paulo, com 369.034 toneladas no mesmo período.Produção brasileira de tangerina em 2022EstadoÁrea colhida (ha)Produção (t)Rendimento t/ha1° São Paulo11.071369.03433,332° Minas Gerais13.546225.22516,633° Rio Grande do Sul13.225189.83114,354° Paraná8.853153.69217,365° Rio de Janeiro1.52233.79922,216° Espírito Santo1.40530.93622,02Fonte: EmbrapaPonkan, mexerica, morgote, mimosa ou bergamota? Entenda diferençaArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALO cheiro é inconfundível, já os nomes, nem tanto. Ponkan, mexerica mimosa, morgote, bergamota… Por que tantos nomes? O engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Paulo Andrade, explica que a diferença é sutil. Ponkan, morgote e bergamota, por exemplo, são variedades da tangerina. Já mimosa e mexerica são nomes diferentes usados para referenciar uma mesma variedade.Veja matéria completa aqui.Vídeos: tudo sobre o Espírito SantoPlaylistTítulo da Playlist *Insira o título do playlist a ser anexadoVeja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito SantoHistórico de Versõesclear !function(e){function r(r){for(var n,a,l=r[0],f=r[1],i=r[2],p=0,s=[];p<l.length;p++)a=l[p],Object.prototype.hasOwnProperty.call(o,a)&&o[a]&&s.push(o[a][0]),o[a]=0;for(n in f)Object.prototype.hasOwnProperty.call(f,n)&&(e[n]=f[n]);for(c&&c(r);s.length;)s.shift()();return u.push.apply(u,i||[]),t()}function t(){for(var e,r=0;r<u.length;r++){for(var t=u[r],n=!0,l=1;l<t.length;l++){var f=t[l];0!==o[f]&&(n=!1)}n&&(u.splice(r–,1),e=a(a.s=t[0]))}return e}var n={},o={1:0},u=[];function a(r){if(n[r])return n[r].exports;var t=n[r]={i:r,l:!1,exports:{}};return e[r].call(t.exports,t,t.exports,a),t.l=!0,t.exports}a.m=e,a.c=n,a.d=function(e,r,t){a.o(e,r)||Object.defineProperty(e,r,{enumerable:!0,get:t})},a.r=function(e){“undefined”!=typeof Symbol&&Symbol.toStringTag&&Object.defineProperty(e,Symbol.toStringTag,{value:”Module”}),Object.defineProperty(e,”__esModule”,{value:!0})},a.t=function(e,r){if(1&r&&(e=a(e)),8&r)return e;if(4&r&&”object”==typeof e&&e&&e.__esModule)return e;var t=Object.create(null);if(a.r(t),Object.defineProperty(t,”default”,{enumerable:!0,value:e}),2&r&&”string”!=typeof e)for(var n in e)a.d(t,n,function(r){return e[r]}.bind(null,n));return t},a.n=function(e){var r=e&&e.__esModule?function(){return e.default}:function(){return e};return a.d(r,”a”,r),r},a.o=function(e,r){return Object.prototype.hasOwnProperty.call(e,r)},a.p=”/”;var l=this.webpackJsonpcmaas=this.webpackJsonpcmaas||[],f=l.push.bind(l);l.push=r,l=l.slice();for(var i=0;i<l.length;i++)r(l[i]);var c=f;t()}([])
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Fonte da Máteria: g1.globo.com