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Trump com Jesus, cães farejadores e snipers em telhados: comício de Trump em local de tentativa de assassinato tem segurança reforçada


Candidato republicano voltou neste sábado (5) a Butler, na Pensilvânia, local em que levou um tiro de fuzil na orelha em 13 de julho, para um novo comício. Comício de Trump em Butler, onde sofreu tentativa de assassinato, tem segurança reforçada
O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump faz novo comício neste sábado (5) em Butler, na Pensilvânia, local em que sofreu uma tentativa de assassinato em 13 de julho.
Para o novo evento, a segurança foi fortemente reforçada com cães farejadores, snipers em telhados e revistas com policiais e detectores de metais. (Veja no vídeo em destaque)
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Segundo o jornal americano “The New York Times”, o Serviço Secreto dos EUA mobilizou centenas de agentes e autoridades policiais locais para garantirem a segurança do comício, buscando fechar as lacunas que o deixaram vulnerável a uma tentativa de assassinato no mesmo local em julho. O Serviço Secreto admitiu que em julho houve deficiências na comunicação entre as equipes e erros em sequência que possibilitaram o atentado.
Na tentativa de assassinato, Trump levou um tiro de fuzil na orelha enquanto discursava e foi imediatamente retirado do local por agentes do Serviço Secreto. Thomas Crooks, de 20 anos, estava em cima de um telhado a cerca de 150 metros de onde o candidato republicano discursava e foi morto segundos após realizar os disparos por um sniper do Serviço Secreto. (Leia mais sobre o caso abaixo)
Segundo o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, equipes que lidam com vigilância, inteligência, ataques e atiradores foram enviadas para o local do comício. Guglielmi disse também que um centro de comando unificado foi estabelecido para que as autoridades locais possam se comunicar, e equipes equipadas para detectar agentes químicos, radiológicos e biológicos nocivos foram mobilizadas.
Guglielmi afirmou ainda que as estradas locais estarão mais restritas do que estavam no comício de julho.
Sniper no topo de telhado de Butler, na Pensilvânia, em comício de Trump em 5 de outubro de 2024.
REUTERS/Brian Snyde
Uma montagem com a histórica foto de Trump com o punho erguido com Jesus ao lado apareceu na parte traseira de um caminhão que estava no comício. Junto com a foto estava a frase “intervenção divina”. Trump evocou a religião diversas vezes para descrever o atentado.
Diversos apoiadores utilizaram camisas com a foto de Trump com o punho erguido estampada.
O palco do comício também conta com as placas de vidro à prova de balas.
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Jornal Nacional/ Reprodução
JD Vance relembrou o atentado de 13 de julho e agitou os presentes com os gritos de “Lute, lute, lute”, entoados por Trump após o tiro. “Vocês ouviram os tiros, vocês viram o sangue e todos nós tememos pelo pior. (…) O que aconteceu foi um verdadeiro milagre”, disse o vice da chapa de Trump.
Pediu uma salva de palmas para Corey Comperatore, ex-chefe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Buffalo Township que morreu no atentado. Homenagens a Comperatore também foram prestadas antes do evento.
Trump também esteve envolvido em outro incidente, que também foi tratado como tentativa de assassinato: um suspeito foi identificado com um fuzil em um campo de golfe em West Palm Beach, na Flórida, quando o republicano enquanto jogava uma partida em 15 de setembro. O suspeito foi preso antes que conseguisse mirar no político.
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Relembre o atentado
Seguranças retiram Donald Trump de comício após tiros no local
AP Photo/Gene J. Puskar
Em 13 de julho, o ex-presidente sofreu um atentado a tiros durante um comício, na cidade de Butler, estado da Pensilvânia. Trump foi atingido por um tiro de raspão de um fuzil AR-15 na orelha direita e levado para o hospital.
Na ocasião, um homem que assistia o comício morreu e outros dois foram socorridos em estado grave. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, carregava foi morto pelo Serviço Secreto.
Imagens do comício registraram o exato momento em que o comício foi interrompido. O candidato presidencial republicano se abaixou e pôs as mãos na orelha. Em seguida, com sangue no rosto, se levantou, ergueu o punho no ar e foi levado por seguranças a um carro que o aguardava.
“Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo”, escreveu Trump nas redes sociais.
Infográfico mostra atentado contra Trump
Arte/g1
Quem é o atirador?
Segundo o FBI, Thomas Matthew Crooks vivia no distrito de Bethel Park, na Pensilvânia. A região onde Crooks morava fica a cerca de 70 km de Butler, onde acontecia o comício de Trump. Ele aparentemente “agiu sozinho”, de acordo com a corporação.
Ele era descrito como um rapaz tímido, que era vítima de bullying e havia sido rejeitado no clube de tiro na escola por não ser bom atirador.
O atirador se formou na Bethel Park High School em 2022. Em um vídeo da cerimônia de formatura da escola, Crooks pode ser visto cruzando o palco para receber seu diploma, parecendo magro e usando óculos.
Jason Kohler, que disse ter frequentado a mesma escola secundária, afirmou que Crooks era vítima de bullying na escola e ficava sozinho na hora do lanche. Outros estudantes zombavam dele pelas roupas que usava, incluindo roupas de caça, disse Kohler.
Ele tentou entrar na equipe de tiro da escola, mas foi rejeitado porque não era um bom atirador, disse Frederick Mach, capitão atual da equipe. No atentado, Crooks usou um fuzil AR-15, que as autoridades acreditam ter sido comprado por seu pai.
O telhado onde Crooks estava deitado ficava a menos de 150 metros de onde Trump estava falando, uma distância na qual um bom atirador poderia razoavelmente atingir um alvo do tamanho de um humano. Essa é uma distância na qual os recrutas do Exército dos EUA devem acertar um alvo em forma de silhueta humana para se qualificarem com o fuzil M-16.

Fonte da Máteria: g1.globo.com