
Uma das plataformas de pitacos já soma mais de US$ 2,9 milhões em apostas para quem ocupará o cargo de novo papa. O mais cotado é o então secretário de Estado Pietro Parolin, conhecido como ‘vice-papa’. O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin (direita), é o nome com mais apostas para ser novo papa.
Getty Images via BBC
No dia do falecimento do Papa Francisco, plataformas de apostas começaram a receber palpites sobre qual cardeal assumirá a liderança da Igreja Católica. O nome mais cotado como sucessor é Pietro Parolin, também conhecido como “vice-papa”.
A aposta sobre quem será o novo papa lidera o ranking de todas as apostas no Polymarket, um mercado americano de previsões que utiliza a mesma tecnologia blockchain das criptomoedas.
O volume de apostas na plataforma atingiu US$ 2.902.002, aproximadamente R$ 16,9 milhões.
Apostas para saber quem será o novo papa
reprodução
Os 10 nomes mais cotados para o cargo de papa são:
Pietro Parolin: 37% das apostas;
Luis Antonio Tagle: 26% das apostas;
Péter Erdö: 8% das apostas;
Peter Turkson: 7% das apostas;
Pierbattista Pizzaballa: 7% das apostas;
Robert Sarah: 5% das apostas;
Matteo Zuppi: 5% das apostas;
Raymond Burke: 3% das apostas;
Mario Grech: 2% das apostas;
Fridolin Ambongo Besungu: 1% das apostas.
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Quem é Pietro Parolin, o ‘vice-papa’
Segundo a agência Reuters, o favorito dos apostadores, Pietro Parolin é visto como um candidato de compromisso entre os progressistas e os conservadores. Ele foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida e atuou como secretário de Estado do papa Francisco desde 2013, ano em que Francisco foi eleito.
O cargo é semelhante ao de um primeiro-ministro, e os secretários de Estado são frequentemente chamados de “vice-papa”, pois ocupam o segundo lugar na hierarquia do Vaticano, atrás do pontífice.
Pietro Parolin é um dos cardeais mais cotados para novo papa
Yara Nardi/Reuters
Parolin atuou anteriormente como vice-ministro das Relações Exteriores no governo do papa Bento 16, que em 2009 o nomeou embaixador do Vaticano na Venezuela, onde defendeu a Igreja contra as tentativas de enfraquecê-la pelo então presidente Hugo Chávez.
Ele também foi o principal arquiteto da reaproximação do Vaticano com a China e o Vietnã. Os conservadores o atacaram por causa de um acordo sobre a nomeação de bispos na China comunista. Ele defendeu o acordo dizendo que, embora não fosse perfeito, evitou um cisma e proporcionou alguma forma de comunicação com o governo de Pequim.
Parolin nunca foi um ativista de linha de frente ou barulhento nas chamadas Guerras Culturais da Igreja, que se concentraram em questões como aborto e direitos dos homossexuais, embora tenha condenado certa vez a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em muitos países como “uma derrota para a humanidade”.
Ele defendeu o poder do Vaticano sobre os líderes da Igreja local, criticando as tentativas na Alemanha de permitir que os padres abençoem simbolicamente casais do mesmo sexo. Ele disse que as igrejas locais não podem tomar decisões que acabariam afetando todos os católicos.
De fala mansa e gentil, Parolin devolveria o papado aos italianos depois de três papas sucessivos não italianos – João Paulo 2º da Polônia, Bento 16 da Alemanha e Francisco da Argentina.
Ele entrou para o serviço diplomático do Vaticano apenas três anos após sua ordenação sacerdotal em 1980, portanto sua experiência pastoral é limitada. Mas um fator a seu favor é que ele fala vários idiomas.
Fonte da Máteria: g1.globo.com